Vídeo mensal: nossas atualizações para o cenário macro de novembro 2024
Confira os destaques do bate-papo com Nicholas McCarthy, Chief Investment Officer do Itaú, e Gina Baccelli, nossa economista-chefe
Por Itaú Private Bank
3 minutos de leitura
Aconteceu na terça-feira, 12, uma live exclusiva para os nossos clientes sobre os cenários macroeconômicos, tanto local quanto internacional. A conversa contou com a presença de Nicholas McCarthy, CIO do Itaú, e foi moderada pela Gina Baccelli, economista-chefe do Itaú Private Bank.
Veja, a seguir, os principais destaques do bate-papo:
Internacional
- Após meses de disputa acirrada e incertezas quanto ao pleito, Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos na última semana. O resultado levantou expectativas mistas: de um lado, o otimismo quanto aos estímulos ao mercado e corte de impostos; de outro, preocupação com tarifas comerciais e políticas de migração.
- A economia americana apresenta crescimento em torno de 3%, levemente acima do potencial, e inflação está em cerca de 2,5%, em um patamar estável e ainda acima da meta; enquanto o desemprego permanece próximo das mínimas históricas.
- Olhando adiante, é possível que a bolsa americana continue subindo, talvez em uma velocidade mais lenta, mas com possibilidade de surgirem novas tecnologias que impulsionem o crescimento, como aconteceu com a inteligência artificial.
- As expectativas são de que o dólar permaneça estável nos patamares atuais. Em países emergentes, o dólar forte deve seguir limitando a queda de juros, o que impacta economias como o Brasil e dificulta o desempenho de ativos locais.
- Tanto no mercado de renda fixa quanto no de renda variável, optamos por aguardar as ações concretas de Trump para avaliar os efeitos e apenas depois disso fazer possíveis movimentações em nossas carteiras.
- A China continua exportando deflação, fenômeno que pode indicar um alívio temporário para a inflação mundial, mas também sinal de fragilidade da demanda interna do país. Esse cenário contribui para o processo global de corte de juros.
Local
- No Brasil, a alta do dólar pressiona a inflação e aumenta os desafios para a política monetária, especialmente em uma economia já aquecida. Nesse cenário, o câmbio é uma variável crucial para a política monetária.
- Há expectativa de crescimento acima do potencial, com PIB superando 3%, o que pode dificultar o controle da inflação e a gestão das taxas de juros.
- Dessa forma, o Banco Central deve seguir elevando a taxa Selic para trazer a inflação de volta para a meta.
- O cenário é favorável para ativos de renda fixa, por isso, seguimos otimistas com os ativos indexados à inflação (NTN-Bs), que oferecem uma opção segura diante da inflação alta ou moderada.
- Vemos os juros prefixados com cautela devido à parte longa da curva de juros, que hoje precifica os juros em um patamar muito elevado (em torno de 13%) ao longo dos próximos 10 anos, o que nos parece um pouco exagerado.
- Permanecemos com uma visão mais cautelosa com a bolsa, que deve voltar a performar bem a depender de alguns fatores, como o anúncio de um pacote de corte de gastos que coloque o arcabouço fiscal sob controle no longo prazo.
- Durante a live, Nicholas destacou a importância de diversificar a carteira de investimentos, principalmente com renda fixa isenta e ativos de crédito privado, dada a resiliência de retornos acima do CDI e da inflação.
Para assistir a live completa, fale com sua equipe de atendimento.