Cockpit do Copom: redução do ritmo, em meio às incertezas

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central volta a se reunir hoje e amanhã, com um pano de fundo de incerteza elevada no cenário internacional e doméstico. A evolução dos dados também sugere a necessidade de uma postura mais cautelosa. Apesar da inflação mais benigna na margem, as medidas de serviços subjacentes continuam elevadas, enquanto o mercado de trabalho segue apertado. A taxa de câmbio, por sua vez, depreciou desde a última reunião.

Assim, acreditamos que o comitê optará por uma redução do ritmo de corte, para 25 pontos-base, levando a taxa Selic para 10,50% ao ano. A decisão diverge do sinalizado na última reunião (consistente com mais uma redução de 50 pontos-base), mas não será surpreendente, diante das comunicações mais recentes de membros do comitê e das mudanças ocorridas.

Para as próximas reuniões, esperamos que o Copom mantenha uma sinalização de dependência dos dados, reforçando que o aumento da incerteza requer cautela na condução da política monetária.

Confira o relatório na íntegra.

Diante da tragédia no estado do Rio Grande do Sul, o governo enviou ao Congresso um projeto de decreto legislativo para reconhecer estado de calamidade pública até o final deste ano, permitindo que os recursos liberados para o estado via crédito extraordinário e renúncias fiscais não sejam incluídos na meta fiscal deste ano.

A proposta foi aprovada ontem pela Câmara dos Deputados em regime de urgência e agora segue para o Senado, onde também deve ser aprovada com agilidade, facilitando o repasse de recursos federais para o estado. O governo também anunciou um conjunto de isenções fiscais para empresas da região.

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