Desemprego atinge menor patamar da série histórica

No Radar do Mercado: a taxa de desemprego divulgada pela Pnad Contínua veio em linha com as expectativas do mercado. No exterior, a inflação da Zona do Euro avançou no mês de novembro

Por Itaú Private Bank

4 minutos de leitura

A taxa de desemprego do trimestre encerrado em outubro foi de 6,2%, segundo dados divulgados pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua nesta sexta-feira. O resultado veio em linha com as nossas expectativas e da mediana do mercado, sendo a menor taxa de desocupação da série histórica iniciada em 2012.

Na série com ajuste sazonal, a taxa de desemprego ficou estável em 6,5% ante o trimestre encerrado em setembro. A estabilidade foi resultado de uma combinação benigna de aumento do emprego e expansão da força de trabalho. A taxa de participação, por sua vez, avançou 0,1 ponto percentual, refletindo o aumento da força de trabalho com a expansão da população em idade ativa. A população ocupada cresceu nos setores formal e informal.

Do lado do rendimento, a massa salarial efetiva avançou, impulsionada pelo aumento do emprego associada ao aumento do rendimento médio.

Nossa visão: a divulgação de hoje segue apontando para um mercado de trabalho apertado. Os dados na margem, no entanto, não mostram sinais adicionais de aceleração, em linha com os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), também divulgados nesta semana.

Inflação na Zona do Euro acelera

O índice de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Zona do Euro teve alta de 2,3% em novembro, na comparação anual. O indicador acelerou em relação a leitura anterior (2,0%), influenciado pelo componente de energia, e veio em linha com as expectativas do mercado.

O núcleo, que exclui os componentes mais voláteis (como alimentos e energia), manteve o ritmo da leitura anterior, em 2,7%, ligeiramente abaixo do esperado pelo mercado (2,8%). O componente de serviços segue pressionado na comparação anual, apesar de as leituras mensais dos últimos três meses sugerirem uma desinflação mais expressiva adiante.

Nossa visão: a leitura de hoje não altera nossa percepção de que o Banco Central Europeu (BCE) deve seguir reduzindo sua taxa de juros em um ritmo de 0,25 ponto percentual, adotando um tom mais brando na reunião de dezembro.

Private Talks

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