Fed reduz o ritmo e corta juros em 0,25 ponto percentual

O Comitê Federal de Mercado Aberto do Federal Reserve (Fomc, na sigla em inglês) cortou a taxa de juros americana em 0,25 ponto percentual, para o intervalo de 4,50% a 4,75%, reduzindo o ritmo apresentado na reunião passada, quando iniciou o ciclo de aperto monetário com um corte de 0,5 p.p. A decisão do comitê foi unânime e veio em linha com as expectativas do mercado.

O documento divulgado após a reunião indicou que, na visão do comitê, a inflação segue caminhando em direção à meta de 2% e que as condições do mercado de trabalho afrouxaram desde o começo do ano, com a taxa de desemprego aumentando, mas ainda baixa. O comunicado também menciona que os membros consideram que os riscos envolvendo o mandato do Fed de máximo emprego e convergência da inflação à meta estão equilibrados.

O comitê não indicou quais devem ser os próximos passos da sua política monetária. No comunicado, os membros apenas continuaram reforçando seu compromisso em conduzir a inflação para a meta, sinalizando que levarão em consideração dados do mercado de trabalho, as expectativas de inflação e as condições econômicas globais para tomar as próximas decisões.

Na conferência de imprensa após a reunião, Jerome Powell, presidente do Fed, justificou a decisão tomada pelo comitê indicando que a inflação tem desacelerado e está se aproximando da meta de 2% ao ano, enquanto o mercado de trabalho desaqueceu, e agora se encontra em equilíbrio.

Powell disse acreditar que os juros permanecem em patamar restritivo e que devem caminhar para a neutralidade, mas que nada nos dados avaliados sugere que o comitê deveria ter pressa para chegar nesse patamar. O presidente disse que espera alguma oscilação na inflação, mas ressaltou o avanço feito até aqui e afirmou que o objetivo é encontrar o ritmo certo de cortes, sem se comprometer com os próximos passos.

O presidente do Fed também afirmou que não comentaria as eleições, negou que aceitaria um eventual pedido para renunciar ao cargo e disse não querer adivinhar ou especular os efeitos eleitorais. Powell afirmou apenas que a eleição não terá efeito na política monetária no curto prazo e que, se novas políticas fiscais forem propostas, o Federal Reserve avaliará seus efeitos e tomará a melhor decisão possível a partir disso.

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