Fizemos alterações nas nossas carteiras locais e internacionais
Nicholas McCarthy, Estrategista-Chefe de Investimentos do Itaú, resume a análise do cenário e as alocações do Comitê de Investimentos de junho
Por Itaú Private Bank
Divulgamos nesta terça-feira, 24, as perspectivas e estratégias do nosso Comitê de Investimentos, que se reúne mensalmente para decidir as alocações táticas das carteiras-modelo baseadas no cenário macroeconômico global. Desta vez, fizemos alterações tanto na carteira local quanto na carteira internacional.
Entenda a seguir a nossa avaliação do cenário e dos mercados:
Internacional
- O ambiente global tem sido positivamente influenciado pela redução do risco vindo da política tarifária adotada pelo governo dos EUA, o que elevou as projeções de crescimento e melhorou as expectativas do impacto inflacionário. Por outro lado, o aumento das tensões geopolíticas, como o conflito entre Israel e Irã, deve manter as incertezas elevadas.
- Nos EUA, a administração Trump parece ter deslocado as atenções para o orçamento e as questões de imigração. O pacote fiscal, agora em discussão no Senado, deve levar a uma expansão do déficit americano, mas também oferecer suporte à atividade, especialmente a partir do próximo ano. No entanto, o pacote também aumenta os recursos destinados à fiscalização da imigração e se apresenta como um risco à oferta de mão de obra e, portanto, ao mercado de trabalho americano.
- Na Europa, as negociações entre EUA e União Europeia devem continuar nos holofotes, uma vez que o nível de tarifa deve ditar a magnitude do impacto na região e, consequentemente, o espaço que o Banco Central Europeu (BCE) terá para continuar cortando os juros.
- Na China, os dados de atividade econômica ainda apresentam certa resiliência, mostrando resultados mistos na abertura do segundo semestre do ano. O acordo firmado entre o país e os EUA deve fazer com que o impacto negativo da guerra comercial sobre o crescimento chinês seja menor. Além disso, as medidas fiscais e monetárias adotadas pelas autoridades chinesas devem ajudar a mitigar tais impactos.
Local
- As últimas semanas foram marcadas por maiores discussões fiscais no Brasil. O governo anunciou contenção orçamentária de R$ 31 bilhões em despesas discricionárias e mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o que acabou ficando em destaque no noticiário juntamente com as novas medidas de aumento de receita.
- Do lado da atividade, o PIB do 1º trimestre veio ligeiramente abaixo do consenso, mas com crescimento forte de 1,4% na comparação trimestral, puxado pelo setor agrícola. A composição do dado sugere uma economia robusta adiante, com o consumo das famílias ainda forte, e que deve seguir sustentado pelos programas recentemente anunciados, como o novo crédito consignado privado.
- Além disso, o acordo comercial entre China e EUA reduziu o risco de recessão global e, portanto, diminuiu o risco baixista que enxergávamos para a atividade econômica doméstica.
- Já o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 15,0% ao ano, e sinalizou que, caso o cenário projetado se confirme, que deve pausar o ciclo de altas a partir de agora e manter os juros no atual patamar por um período bastante prolongado.
Para acessar o relatório completo, fale com sua equipe de atendimento.
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