Guerra comercial e instabilidade geopolítica dominam o mercado em abril

O cenário econômico global em abril foi marcado por intensa volatilidade e reviravoltas nos mercados financeiros. Nesta edição, Marcio Brito, Head Investor do Banco Itaú International, comenta as tensões comerciais entre Estados Unidos, China e Europa, bem como os impactos geopolíticos nas bolsas mundiais.

Confira alguns destaques:

• Guerra comercial: A escalada de tarifas retaliatórias entre EUA e China, além das tensões com a Europa, provocou uma queda significativa nos mercados globais. O S&P 500 registrou uma das maiores perdas da história em apenas quatro dias, eliminando cerca de 7 trilhões de dólares em valor de mercado das ações americanas.
• Instabilidade geopolítica: A continuidade da guerra entre Ucrânia e Rússia, somada à nova instabilidade em Israel, contribuiu para abalar os mercados globais. Como consequência, houve uma migração de investidores para ativos de proteção, como o ouro, que atingiu novos recordes históricos com alta de quase 10% em abril.
• Conflito Trump vs. Powell: O embate entre o presidente americano e o presidente do Fed intensificou-se, com Trump acusando Powell de "afundar" a economia ao manter os juros altos. Essa disputa entre política fiscal e monetária trouxe mais incerteza para os mercados, deixando Wall Street em estado de alerta.
• Desempenho das bolsas: O mercado acionário europeu superou o americano em abril. O MSCI Europa fechou o mês com alta de 3.7%, enquanto o S&P 500 caiu cerca de 1.5%. A diversificação setorial na Europa e a desaceleração mais rápida da inflação contribuíram para esse desempenho.
• Enfraquecimento do dólar: Houve uma queda do dólar americano em relação às principais moedas de mercados desenvolvidos, especialmente o euro. Fatores como dados econômicos fracos nos EUA, preocupações com novas tarifas comerciais e políticas monetárias divergentes influenciaram essa movimentação.
• Perspectivas para maio: Os mercados permanecerão atentos a três fatores principais: negociações de tarifas entre EUA, China e Europa; discursos dos bancos centrais sobre possíveis alterações nas taxas de juros; e indicadores econômicos, incluindo dados de emprego, inflação e balanços de grandes empresas de tecnologia.

Caso tenha alguma dúvida, fale com sua equipe de atendimento.