Inflação medida pelo IPCA desacelera em relação a maio

O IBGE divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho, que teve alta de 0,21%, abaixo da expectativa do mercado (0,30%) e desacelerando em relação à leitura do mês anterior (0,46%). A taxa acumulada em 12 meses ficou em 4,23%, ante 3,93% nos 12 meses imediatamente anteriores.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta no mês. O maior impacto veio de "Alimentação e bebidas", enquanto a maior variação veio do grupo "Saúde e cuidados pessoais". No campo negativo ficaram “Transportes", impactado pela queda de passagens aéreas, e "Comunicação".

As medidas de núcleo, que apresentam maior relação com o ciclo econômico, têm mostrado comportamento benigno, com destaque para a desaceleração observada em serviços subjacentes.

Nossa visão: no geral, a leitura de junho veio abaixo das expectativas e com abertura benigna. Adiante, esperamos alguma reaceleração dos serviços refletindo a conjuntura de mercado de trabalho apertado, bem como aceleração de industriais em meio ao câmbio mais depreciado.

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China registrou alta de 0,2% em junho, na comparação anual, abaixo do esperado pelo mercado (0,4%) e praticamente mantendo o ritmo da leitura anterior (0,3%). O núcleo do indicador (que exclui os itens mais voláteis, como alimentação e energia) seguiu estável em 0,6% na mesma comparação.

Já o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) seguiu registrando deflação (-0,8%) em termos anuais, em linha com a expectativa do mercado, mas mostrando queda menos intensa do que a leitura anterior (-1,4%).

Nossa visão: a leitura de junho reforça o cenário de inflação baixa na China, que deve persistir ao longo do segundo semestre do ano.

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