Inflação medida pelo núcleo do PCE desacelera em maio

O núcleo do Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) dos EUA, que exclui os componentes mais voláteis, como energia e alimentos, avançou 0,1% em maio, na comparação mensal, desacelerando em relação ao resultado de abril, que foi revisado para cima hoje (agora, em 0,3%). Na base anual, a alta foi de 2,6%, também abaixo da leitura anterior (2,8%). Os resultados vieram em linha com as expectativas.

O indicador “cheio” do PCE ficou estável em 0,0% na comparação mensal, desacelerando em relação ao mês anterior (0,3%). Na base anual, também houve uma desaceleração, para 2,6%. Novamente, ambos os resultados vieram em linha com as projeções.

O gasto nominal dos consumidores ficou abaixo das expectativas, mas acelerou em relação ao mês anterior, cujo resultado foi revisado para baixo hoje. Já o gasto real (ajustado pela inflação) saiu do patamar negativo registrado em abril, conforme o projetado pelo mercado.

Nossa visão: a leitura do PCE de maio veio em linha com o esperado e segue apontando um processo de desinflação gradual. A leitura oferece ao Fed maior confiança de que a inflação está em desaceleração em direção à meta, mas ainda não é suficiente, sendo necessárias novas leituras nesta direção, conforme sinalizado pelos membros do comitê.

Na noite de ontem, 27, o atual presidente democrata, Joe Biden, e o candidato republicano Donald Trump se enfrentaram em um debate pela primeira vez em 4 anos. Não passou desapercebido pela audiência o aspecto de cansaço de Biden, que muitas vezes gaguejou, esqueceu estatísticas e errou números. O desempenho alimentou preocupações sobre sua capacidade de ocupar o cargo por mais quatro anos.

Após o evento, uma pesquisa realizada pela CNN (que promoveu o debate) afirmou que 67% dos entrevistados acharam que Donald Trump teve um desempenho melhor (contra 55% antes do debate).

Segundo jornalistas da CNN, a fragilidade de Biden levantou a discussão no partido democrata sobre a possibilidade de substituí-lo na chapa presidencial. Além disso, a probabilidade das casas de apostas de que ele vai desistir da corrida eleitoral subiram.

Abaixo, confira um áudio com a análise de Niraj Patel, Chief Equities Strategist do Itaú Private Bank international, sobre o debate.

A taxa de desemprego do trimestre encerrado em maio atingiu 7,1%, segundo dados divulgados pela Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). O resultado veio ligeiramente abaixo das expectativas do mercado (em 7,3%). Com ajuste sazonal, a taxa de desemprego diminuiu para 6,9% no trimestre analisado.

A queda foi resultado do aumento do emprego, enquanto a taxa de participação se manteve estável em 62,2%. Vale destacar que a população ocupada cresceu no setor formal e ficou estável no informal. Já a massa salarial efetiva avançou, impulsionada pela expansão do emprego associada ao aumento do rendimento médio.

Nossa visão: os dados divulgados hoje mais uma vez confirmam que o mercado de trabalho segue apertado. A taxa de desemprego recuou novamente, puxada principalmente pelo setor formal, enquanto a taxa de participação ficou estável. Os salários reais efetivos continuaram subindo, refletindo o dinamismo do mercado de trabalho.

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