On Credit: tendências e riscos no mercado de crédito em 2025
Confira as últimas atualizações do mercado de crédito local e internacional preparadas por nossos especialistas
Por Itaú Private Bank

Nesta edição do On Credit, nossos especialistas trazem atualizações do mercado de crédito global e local. Vanessa Muller, Global Private Investment Specialist, apresenta a edição local, oferecendo uma análise sobre os spreads de crédito no mercado brasileiro. Com foco especial nas debêntures de infraestrutura, revela as nuances de um cenário complexo e debate se os spreads de crédito atingiram seu limite mínimo.
Na edição internacional, Alejandro Estevez-Breton, Marcelo Menusso e Rafael Gaiao analisam a incerteza comercial, resultados corporativos e o crescimento econômico resiliente nos Estados Unidos. Os especialistas exploram o impacto das mudanças políticas no mercado e compartilham insights de uma conferência sobre mercados emergentes, que ocorreu em Miami.
A seguir, confira os destaques dos vídeos.
Local
- Os spreads de crédito no Brasil permanecem estáveis em relação ao último trimestre, mas apresentaram volatilidade entre dezembro e janeiro, devido à saída de recursos de fundos de crédito tradicionais, que tiveram resultados abaixo do CDI por três meses consecutivos desde outubro de 2024.
- Em fevereiro e março, houve uma reversão dessa tendência, com os spreads de papéis indexados ao CDI retornando aos níveis anteriores, evidenciando a resiliência do mercado de crédito privado local.
- Os fundos de debêntures de infraestrutura mostraram maior estabilidade, com spreads praticamente inalterados, embora em níveis historicamente baixos, indicando uma demanda consistente por esses ativos.
- A redução nas novas emissões no início do ano, combinada com a necessidade dos fundos de infraestrutura de adquirir ativos para cumprir vencimentos e alocações mínimas, pressiona a diminuição dos spreads. Contudo, o crescimento moderado na captação de recursos e a liquidez nos fundos ajudam a manter os spreads em níveis não tão baixos, criando um equilíbrio delicado.
- Atualmente, não há um gatilho claro para a direção futura dos spreads, que parecem ter atingido um limite inferior, sem indicações de aumento no curto ou médio prazo.
- Discussões sobre reforma tributária e possíveis taxações mínimas para pessoas físicas podem introduzir volatilidade adicional nos ativos isentos, afetando o mercado de crédito privado.
- Uma saída em massa de recursos dos fundos de crédito poderia impactar significativamente o cenário, mas a liquidez existente atua como um amortecedor contra vendas desenfreadas.
Para mais detalhes, assista o vídeo na íntegra:
Internacional
- Identifica-se quatro fontes principais de incerteza macroeconômica: o choque comercial atual, a incerteza fiscal prevista, questões sobre a independência do Federal Reserve e a desaceleração dos fluxos de imigração. Essas incertezas podem impactar o cenário econômico e de investimentos.
- A agenda comercial da administração Trump busca reequilibrar a economia, mas sua abordagem tem gerado volatilidade nos mercados. Apesar das incertezas, o crescimento econômico dos EUA é considerado saudável, com baixos riscos de recessão. No entanto, a incerteza comercial e fiscal pode desacelerar gastos dos consumidores e contratações.
- O sentimento dos investidores em relação aos mercados emergentes é mais positivo, embora cauteloso, sugerindo um potencial de alocação crescente, mas seletiva.
- Os fundamentos das empresas permanecem fortes, com lucros sólidos e boa liquidez. Executivos demonstram cautela em relação à economia. Enquanto os lucros do primeiro trimestre de 2025 estão 7% acima do ano anterior, as estimativas foram reduzidas, com 63% das empresas emitindo guidance negativo.
- Os rendimentos do tesouro americano variaram, inicialmente subindo devido a expectativas inflacionárias, e posteriormente caindo por preocupações com o crescimento econômico.
- O período de 2018-2019 torna-se uma referência útil para avaliar os riscos das tarifas dos EUA sobre títulos de mercados emergentes, indicando potencial de volatilidade em cenários de intensificação de conflitos comerciais.
Para mais detalhes, assista o vídeo na íntegra: