Produção industrial brasileira cai em abril; indicador de serviços avança nos EUA

Segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) de abril, divulgada hoje pelo IBGE, a produção nacional registrou uma queda de 0,5% no mês, interrompendo dois meses consecutivos de alta. O recuo foi menos intenso do que esperávamos (-1,2%), enquanto o mercado projetava uma queda de 0,4%. Frente a abril de 2023, a indústria avançou 8,4%.

Entre as quatro grandes categorias econômicas, o destaque ficou com bens de consumo duráveis e bens de capital, que avançaram no período. A maior contração, por sua vez, veio de bens intermediários.

Já entre as 25 atividades pesquisadas, 18 expandiram no mês, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias, que exerceram o principal impacto positivo. Por outro lado, a influência negativa mais importante foi assinalada por indústrias extrativas, que recuaram após o avanço de março.

Nossa visão: a queda da produção no mês de abril foi impulsionada pelo setor extrativo. Enquanto isso, a indústria de transformação, mais importante para o tracking do PIB, ficou acima das expectativas. Mesmo assim, esperamos alguma moderação no crescimento do PIB no segundo trimestre.

O índice do Instituto de Gerência de Oferta (ISM, em inglês) de serviços dos Estados Unidos avançou para 53,8 pontos em maio, superando as expectativas do mercado e registrando a maior alta desde o início do ano passado. Vale lembrar que leituras acima de 50 indicam expansão do setor.

O resultado foi impulsionado pela atividade empresarial, que registrou o maior ganho mensal desde 2021. O indicador, que disparou 10,3 pontos no mês, reforça o cenário de economia ainda forte, após uma recente onda de dados mais fracos.

O relatório também indicou que a medida de emprego nos serviços subiu, mas permaneceu em território de contração. O Payroll, que será divulgado na sexta-feira, fornecerá informações mais significativas sobre os rumos do mercado de trabalho americano.

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