Relatório Focus: inflação e câmbio avançam, enquanto juros seguem estáveis

No Radar do Mercado: nova edição do Relatório Focus apontou mudanças nas projeções de inflação e câmbio; na França, partido de extrema-direita sai na frente nas eleições legislativas

Por Itaú Private Bank

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O Banco Central divulgou hoje mais uma edição do Relatório Focus. De maneira geral, houve alta na projeção do IPCA para 2024 e 2025 e do câmbio em todo horizonte analisado.

Na comparação com a semana anterior, a mediana das estimativas do IPCA registrou alta para 2024 (de 3,98% para 4,00%) e 2025 (de 3,85% para 3,87%). Para 2026, a projeção segue inalterada em 3,60%. Vale lembrar que a meta do Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Com relação à atividade econômica, as estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) recuaram ligeiramente para 2025, de 2,00% para 1,98%. Para 2024 e 2026, as projeções seguem inalteradas em 2,09% e 2,0%, respectivamente.

No âmbito da política monetária, as projeções para a taxa Selic seguiram inalteradas para todo o período analisado, em 10,50% para 2024, em 9,50% para 2025 e 9,0% para 2026.

Por fim, a estimativa para a taxa de câmbio avançou de R$/US$ 5,15 para R$/US$ 5,20 para 2024 e de R$/US$ 5,15 para R$/US$ 5,19 para 2025. Para 2026, houve alta de R$/US$ 5,15 para R$/US$ 5,19.

Extrema direita sai na frente no 1º turno da França

Nesse domingo, 30/06, ocorreu o primeiro turno das eleições legislativas na França, que registrou a maior taxa de participação de eleitores desde 1997. Em linha com as pesquisas eleitorais, o partido de extrema direita Reunião Nacional (RN), liderado por Marine Le Pen, teve grande vantagem nas cédulas, com 33% dos votos totais, seguido pela Nova Frente Popular (NFP), a coalizão de esquerda. O Juntos, partido do atual presidente Emmanuel Macron, veio em terceiro, com apenas 20% dos votos.

O país agora se prepara para o segundo turno das eleições, do qual participarão apenas os partidos que obtiveram mais de 12,5% dos votos. As chances de a Reunião Nacional efetivamente ganhar o poder dependerão principalmente de acordos políticos a serem feitos pelos seus partidos rivais nos próximos dias. Historicamente, partidos de centro-direita e centro-esquerda se juntaram para impedir que a Reunião Nacional chegasse ao poder, em uma dinâmica conhecida como Frente Republicana.

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