Relatório Focus: mudanças nas estimativas de juros e inflação
No Radar do Mercado: nova edição do Relatório Focus apontou alterações nas projeções do mercado para variáveis macroeconômicas em 2024 e 2025
Por Itaú Private Bank
Focus: variação nas estimativas de juros e inflação de curto e médio prazo
O Banco Central divulgou hoje mais uma edição do Relatório Focus. De maneira geral, houve alta na expectativa para a taxa Selic de 2024 e da inflação para 2025.
Na comparação com a semana anterior, a mediana das estimativas do IPCA recuou ligeiramente para 2024, para 3,72%, enquanto teve alta para 2025, para 3,64%. Para 2026, permaneceu inalterada em 3,50%. Vale lembrar que a meta do Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Com relação à atividade econômica, as estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) aumentaram ligeiramente para 2024, para 2,05%. Para 2025 e 2026 as projeções permaneceram estáveis (em 2,0% para ambos os anos).
No âmbito da política monetária, as projeções para a taxa Selic subiram 13 pontos-base para 2024 (para 9,63%). Para 2025 as estimativas permaneceram estáveis (em 9,00%). Já para 2026, houve alta, para 8,75%.
Por fim, a estimativa para a taxa de câmbio se manteve estável em todo o período analisado, para 2024 (a R$/US$ 5,00), para 2025 (a R$/US$ 5,05) e para 2026 (a R$/US$ 5,10).
China: PMI de serviços recua, enquanto feriado impulsiona turismo
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da China publicado pela Caixin recuou em abril, para 52,5 pontos, em linha com as expectativas do mercado. Vale lembrar que leituras acima de 50 indicam expansão da atividade.
O resultado da pesquisa privada, no entanto, novamente diverge do PMI divulgado pelo Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS, na sigla em inglês), que mostrou ritmo de crescimento mais intenso no setor.
Já durante o feriado do Dia do Trabalho, que ocorreu de 1 a 5 de maio, o número de turistas no país aumentou 28% em relação a 2019. Apesar disso, o consumo por turista foi 11% menor nesse ano e segue abaixo do nível pré-pandemia. Em meio à fraqueza do setor imobiliário, confiança fragilizada e crescimento fraco de renda, o menor gasto durante o feriado é mais uma sinalização de que a economia chinesa necessita do anúncio de mais medidas de estímulo para sustentar o consumo das famílias à frente.
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