Vendas no varejo avançam no Brasil; China registra deflação em julho​

No Radar do Mercado: as vendas do varejo brasileiro avançaram acima do esperado em junho; na China, com queda acentuada em alimentos, índices de preços ao consumidor e ao produtor apresentaram deflação

Por Itaú Private Bank

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Crédito: Getty Images

Vendas no varejo avançam em junho ​

O volume de vendas no comércio varejista ampliadoavançou 1,2% em junho na comparação mensal,acima das expectativas do mercado (-0,3%). Na baseanual, o avanço foi de 8,3%. Das 10 atividadespesquisadas no mês, 5 avançaram e 5 recuaram namargem.

Já no conceito restrito, que exclui veículos, motos,partes e peças e material de construção, as vendasapresentaram estabilidade (0,0%) em junho,ligeiramente melhor do que a expectativa domercado (-0,2%). Em relação ao mesmo período de2022 houve alta de 1,3%. Assim, no segundotrimestre, o varejo restrito contraiu 0,2%, enquantoo varejo ampliado avançou 1,7%.

De maneira geral, as vendas no varejosurpreenderam positivamente em junho, puxadaspor supermercados e automóveis, com o programade descontos para carros. Com a divulgação de hoje,nossotracking(estimativa de alta frequência) para oPIB do 2T23 ficou estável em +0,3% tri/tri (+2,7%a/a). Para julho, esperamos uma ligeira alta no índicerestrito e alguma devolução de automóveis no índiceampliado.

China registra primeira deflação em mais de 2 anos ​

O índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla eminglês) da China registrou deflação de 0,3% em julhona comparação anual, enquanto o mercadoprojetava uma queda mais intensa (-0,4%).

A leitura foi influenciada principalmente por preçosde alimentos, que registraram retração de 1,7%,enquanto serviços apresentou alta de 1,2%. Aoexcluir os preços de alimentos, o índice ficou estávelem 0%, enquanto o núcleo do indicador subiu 0,8%no comparativo anual.

Já o índice de inflação ao produtor (PPI, na sigla eminglês) apresentou deflação de 4,4% em julho nacomparação anual, retração menor que a observadano mês anterior (-5,4%). Dada a recenteestabilização dos preços das commodities, oindicador deve se tornar menos negativo à frente.

Em suma, o comportamento de preços na China temse mostrado bastante divergente em relação aomundo, ao enfrentar riscos de deflação em vez depressões inflacionárias. A leitura do CPI, contudo,mostra maiores pressões inflacionarias na margem,com o avanço do núcleo do indicador.

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