Saiba como se proteger dos golpes financeiros mais comuns na internet

Por Itaú

9 minutos de leitura
Mulher pesquisando no computador como se proteger dos golpes financeiros

Trinta e seis por cento dos brasileiros já foram vítimas de golpes ou de tentativas de golpes financeiros. O dado é da mais recente pesquisa Radar Febraban 2024, realizada em fevereiro pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), com 2 mil pessoas nas 5 regiões do país.

Segundo os dados apurados, os golpes mais recorrentes são:

• clonagem ou troca de cartão, apontado por 44% dos entrevistados;

• golpe da central falsa, citado por 32%;

• pedido de dinheiro por suposto conhecido por meio de WhatsApp, 31%.

9 golpes financeiros mais comuns na internet

Neste post, vamos explicar como criminosos aplicam os golpes financeiros mais comuns na internet para você se proteger deles. É importante ficar alerta sempre que você perceber uma situação parecida com a que vamos descrever, tá?

Golpe do pix

O golpe do pix acontece por meio de um comprovante falso que o criminoso envia para a vítima. Em geral a história é a seguinte:

O golpista entra em contato com você para pedir o “reembolso” de um pix que foi feito por engano para sua conta;

  1. Ele envia um comprovante de pix falso;

  2. Você acredita no golpista e “devolve” o pix para a conta indicada;

  3. Ele recebe o dinheiro e desaparece;

  4. Ao conferir o extrato, você percebe que o pix “feito por engano” era uma mentira. O dinheiro nunca entrou na sua conta.

A melhor forma de se proteger desse tipo de golpe é sempre conferir o seu extrato antes de fazer qualquer “devolução” de dinheiro.

Quer saber mais sobre o golpe do pix falso e como se proteger dele? Temos um post completo sobre isso no link.

Golpe do boleto falso

No golpe do boleto falso, o criminoso envia para a vítima um boleto por e-mail ou Whatsapp. Sua intenção é convencer a pessoa de que ela tem uma dívida e precisa fazer aquele pagamento o mais rápido possível.

Pode ser, por exemplo, uma conta de energia elétrica, algo que todo mundo tem para pagar. Porém, como se trata de uma fraude, essas informações são todas falsas.

Ou seja, a pessoa que recebe o boleto não tem qualquer ligação com aquela dívida. E a conta provavelmente nem seja de energia elétrica. Então, se a vítima usar aquele código de barras para fazer o pagamento, vai pagar a conta de outra pessoa.

O problema é que, apesar de ser um boleto falso, em geral ele é bem convincente porque utiliza o nome de um banco ou uma empresa.

Por isso, fique atento sempre que receber qualquer boleto estranho e não faça o pagamento antes de confirmar com o Itaú (conversando com o gerente, entrando no app ou no internet banking) se existe mesmo aquela pendência para o seu CPF. Outra forma de verificar se o boleto existe mesmo é entrando em contato com a empresa cobradora da dívida. Isso sempre por meio dos canais oficiais da página da empresa na internet e nunca pelo número indicado na mensagem que traz o boleto, tá?

Preste atenção também para não clicar em qualquer link dessa mensagem porque pode ser uma tentativa de phishing, que é um golpe para roubar dados que vamos detalhar no item a seguir.

Também evite entrar em contato por telefone se a mensagem indicar o número de uma central de atendimento. Do outro lado, provavelmente, vai estar o criminoso tentando convencer você a fazer o que ele quer.

Phishing, o golpe do link falso

O golpe do phishing utiliza algum tipo de “isca” para fazer a vítima clicar em um link falso. Pode ser, por exemplo, um anúncio com uma grande promoção, um e-mail acusando algum débito (como a história do boleto falso que acabamos de comentar) ou uma mensagem de Whatsapp ou SMS com oferta de emprego.

Pode também ser uma mensagem em que o fraudador finge ser do banco e envia links pedindo que você clique para resolver algum problema com a sua conta.

São muitas as formas de funcionamento desse tipo de golpe. A intenção do criminoso, no entanto, é sempre a mesma: roubar os dados da vítima.

E como isso acontece? Geralmente desta forma:

  1. A vítima recebe uma mensagem que a incentiva a clicar em algum link para visualizar uma promoção ou proposta de emprego, por exemplo;
  2. O link é falso e leva para uma página também falsa em que a pessoa precisa preencher suas informações;
  3. Ao fazer esse preenchimento, ela pode entregar para o criminoso dados bancários, senhas, número do cartão de crédito ou informações pessoais como nome, endereço, telefone, CPF.
  4. Tudo isso pode ser usado para roubar suas informações e seu dinheiro.

Há também o tipo de phishing em que o link leva à instalação de algum malware, que é um programa invasivo criado para roubar dados ou danificar seu celular ou computador.

Cartão de crédito clonado

O cartão de crédito clonado é um golpe antigo que ainda gera muitas vítimas. Ele acontece quando um criminoso tem acesso aos dados do seu cartão e começa a fazer compras com ele sem que você perceba.

Em boa parte dos casos, esses criminosos obtêm as informações enganando as vítimas por meio de phishing, como explicamos ali em cima. Eles podem fazer com que elas cliquem em algum site falso e insiram as informações ou que acreditem estar falando com a central de atendimento do banco que precisa confirmar alguns dados.

Há também casos em que a pessoa faz compras em sites falsos ou pouco confiáveis que depois vendem suas informações de pagamento para criminosos. Também é possível que as informações sejam roubadas em falhas de segurança e vazamento de dados de sites confiáveis. Não é tão comum, mas acontece.

Golpe do WhatsApp

O golpe do WhatsApp acontece de muitas maneiras. Aqui, vamos explicar as duas principais para você entender a lógica e ficar atento.

O primeiro tipo de golpe é aquele em que o criminoso entra em contato com você fingindo ser de uma central de atendimento do banco ou de uma empresa em que você confia. Ele provavelmente já tenha algumas informações suas e, por isso, consegue ser convincente na conversa, confirmando alguns dados.

Em determinado momento, porém, ele pede que você confirme um código enviado por SMS. Você não sabe disso, mas o criminoso está tentando entrar na sua conta de WhatsApp e esse código é enviado pelo próprio aplicativo para permitir que a ativação da conta seja feita em um novo dispositivo.

Ou seja, quando você envia o código, sua conta de WhatsApp deixa de funcionar no seu celular e passa para o controle do criminoso. A partir daí, ele pode acessar seus contatos e tentar uma série de outros golpes. Pode pedir dinheiro emprestado, por exemplo, ou roubar nomes e fotos da sua lista para aplicar o outro tipo de golpe que vamos detalhar.

Neste segundo tipo, o criminoso cria uma conta de WhatsApp com o nome e a foto de um dos contatos da conta que ele roubou naquele primeiro tipo de crime de WhatsApp ou mesmo pela internet. A partir daí, tenta enganar outras pessoas, também pedindo dinheiro ou solicitando informações pessoais e financeiras.

Golpe da restituição do imposto de renda

Este crime conhecido como golpe da restituição do imposto de renda utiliza um e-mail falso que teria sido enviado pela Receita Federal para você atualizar alguma informação ou regular seu IR para receber a restituição.

Esses e-mails podem enganar porque muitas vezes contêm informações verdadeiras, como nome e número de CPF, por exemplo.

O perigo é que a mensagem geralmente vem com um link para você clicar e fazer esse procedimento. Esse link é falso e, normalmente, quando você clica nele um programa malicioso (o malware que comentamos ali em cima, lembra?) é instalado no seu computador ou celular para roubar seus dados.

Também pode ser aquele caso de phishing em que a vítima clica no link e chega a uma página em que são solicitados dados pessoais e bancários.

Com essas informações em mãos, os criminosos podem tentar outros golpes ou mesmo roubar o seu dinheiro.

Golpe da falsa central de atendimento

Este também é um tipo de golpe em que o criminoso simula uma ligação da central de atendimento do seu banco ou de uma empresa confiável. Na conversa, ele pede seus dados pessoais e financeiros, como número de conta ou cartão de crédito.

É comum, por exemplo, que o criminoso diga que está entrando em contato para avisar que seu cartão de crédito foi clonado. Então, diz que precisa dos dados do cartão para fazer o bloqueio.

Dependendo das informações que o criminoso conseguir, ele pode tentar outros golpes, usar seu cartão para fazer compras ou invadir a sua conta para roubar dinheiro.

Golpe do consórcio

No chamado golpe do consórcio o criminoso tenta convencer a vítima a entrar em um consórcio prometendo que ela será contemplada rapidamente.

Em troca, para aproveitar a oportunidade, ele pede que ela faça um pagamento ou uma transferência de dinheiro rapidamente. A estratégia é criar essa sensação de urgência para fazer a pessoa enviar o dinheiro sem ter tempo de pensar.

A realidade é que esse consórcio não existe, é apenas uma fraude.

Se você quer entender como funciona um consórcio de verdade, confira a página de consórcios do Itaú.

Golpe para empréstimos e financiamentos

Por fim, existe ainda o golpe para empréstimos e financiamentos. Nesse tipo de crime, o golpista pode oferecer esses produtos financeiros por meio de sites falsos, redes sociais ou até mensagens de e-mail e WhatsApp.

A lógica é a seguinte. O empréstimo é oferecido com ótimas condições e a promessa é de o dinheiro entrar rapidamente na conta da vítima. Em troca, porém, ela precisa apenas antecipar o valor de algumas taxas.

Assim que recebe o dinheiro, o golpista desaparece. E, claro, o valor do crédito ou financiamento nunca entra na conta da vítima.

Como fazer para não cair em golpes financeiros?

Reunimos abaixo algumas dicas para evitar que você caia em golpes financeiros. É preciso estar sempre alerta, tá? Vamos a elas.

Cuidado com suas senhas

Nunca passe suas senhas para outras pessoas. Também deixe senhas anotadas em papel ou no celular.

Cuidados com seu cartão de crédito

Preste atenção no seu cartão físico para que ninguém possa roubar seus dados durante as compras presenciais.

Utilize cartões virtuais para compras pela internet

Você pode solicitar um cartão virtual para compras online ou pagamento em sites e aplicativos. Essa opção é mais segura porque os dados do cartão virtual valem apenas para uma operação. Ou seja, ainda que alguém tente roubá-los, eles não terão mais validade.

Cuidado ao comprar online e realizar operações bancárias

Sempre verifique se o endereço do site está correto e evite clicar em links que chegam por mensagens para fazer compras ou atualizar operações bancárias.

Observe padrões suspeitos

Se receber algum contato suspeito, se algum conhecido pedir dinheiro emprestado com urgência, se receber alguma oferta imperdível, confirme se a história é verdadeira antes de clicar em qualquer link, fazer uma transação ou informar o que quer que seja.

Habilite os alertas de segurança do Itaú

Você pode receber alertas do Itaú por SMS, pelo app do banco e pelo WhatsApp sempre que houver alguma transação suspeita com seus cartões de crédito ou débito. Habilite essa função no aplicativo ou pela central de atendimento.

Pesquise sobre a empresa

Antes de comprar, pesquise a empresa na internet, confira sua reputação e o que comentam sobre ela.

Monitore suas contas regularmente

Saiba o que acontece na sua conta, verifique seu extrato e a fatura do cartão de crédito regularmente.

Evite fornecer informações pessoais por telefone

Dificilmente um banco ou uma empresa confiável vai pedir suas informações pessoais por telefone. Portanto, evite passar seus dados nesse tipo de conversa.

Mantenha sua privacidade online

Cuide das suas informações, não envie imagens do seu cartão do banco ou cartão de crédito, seja prudente com fotos e dados pessoais e nunca deixe seu número de telefone visível nas redes sociais.

Caí no golpe, o que fazer?

Se você cair em algum tipo de golpe, entre em contato com a central do Itaú imediatamente pelos números 4004 4828 (capitais e regiões metropolitanas) ou 0800 970 4828 (demais localidades).

Aproveite para abrir sua conta e conhecer as opções de segurança que o Itaú pode oferecer pra você

Phishing, Vishing e Smishing: como funcionam esses golpes

Phishing, vishing e smishing são golpes que tem o mesmo objetivo mas funcionam de man [...]

Caí em um golpe: O que fazer primeiro?

Descubra o que fazer se você caiu em um golpe financeiro. Aprenda a identificar fraud [...]

Pix falso: Saiba identificar um dos golpes do pix | Blog Itaú.

Com um comprovante de pix falso, o criminoso consegue aplicar um golpe financeiro. Sa [...]