Dia Internacional da Mulher: a importância das redes de empreendedorismo feminino

Entenda o poder do networking para o sucesso de negócios liderados por mulheres

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Por Itaú Empresas

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Não é fácil empreender e manter um negócio saudável. Isso é um fato para a maioria das lideranças de empresas, principalmente de pequeno e médio porte. Mas, quando se trata de uma mulher na posição de empreendedora, os desafios são ainda maiores.

Lideranças femininas enfrentam o obstáculo da desigualdade de gênero que ainda é um reflexo do mundo dos negócios - e que faz com que, por exemplo, mulheres empreendedoras sejam vistas com desconfiança e falta de credibilidade por clientes e investidores. Mas elas também encaram as consequências disso, como a falta de apoio e sentimento de solidão no exercício de suas lideranças, a autocobrança excessiva e a missão de conciliar seu trabalho com a vida pessoal. Isso sem considerar outras camadas que trazem ainda mais desafios a essas líderes, como raça e idade.

Mas, apesar de todas essas barreiras, o empreendedorismo feminino está entre os setores do mercado que mais cresce no Brasil. Segundo dados do Sebrae e da Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), de 2023, o país está entre os dez com o maior número de donas de seus próprios negócios. Em 2022, a Pesquisa Nacional do IBGE mostrou que chegamos a uma marca histórica: 10,3 milhões de empreendedoras, representando 34,4% do universo do empreendedorismo no país. Apesar disso, no último ano houve um ligeiro declínio desse total: até junho de 2023, o Brasil contava com 9,9 milhões de brasileiras à frente do seu próprio negócio. E uma das hipóteses para essa queda está justamente relacionada ao crescimento dos empregos formais no período.

Contudo, esses dados mostram que, por necessidade ou escolha, mulheres vêm conquistando mais espaços de poder e decisão. Uma jornada que não é fácil e que pode ser muito solitária. É aí que surge a importância das redes de empreendedorismo feminino para o fortalecimento dessas líderes que estão mudando o mercado brasileiro.

Comunidades de empreendedoras

Emergiu nos últimos anos um importante movimento de empoderamento: a criação de redes e comunidades que oferecem apoio, capacitação e oportunidades para o crescimento e sustentabilidade dos negócios liderados por mulheres.

Desde pequenos grupos para troca de conhecimentos e histórias até grandes projetos que oferecem mais ferramentas de ajuda, esses espaços dão abertura a uma troca de experiências práticas sobre como lidar com desafios específicos do universo feminino no empreendedorismo, se tornando importantes pontos de fortalecimento em suas atuações profissionais, segundo uma pesquisa realizada pelo Sebrae, em 2023.

Isso porque nessas comunidades elas encontram um ecossistema de apoio mútuo, no qual valores, experiências e objetivos são compartilhados em prol do sucesso coletivo. A colaboração, dessa forma, se torna a chave para desbloquear potenciais, superar barreiras e acelerar o crescimento.

O impacto do networking no empoderamento feminino

O networking dentro dessas comunidades não se traduz em uma simples troca de contatos, mas em uma atuação direta no empoderamento das mulheres, proporcionando acesso a uma riqueza de recursos que podem incluir conhecimento especializado, financiamento, oportunidades de negócios e, principalmente, visibilidade. Esses aspectos têm um peso importante dentro de um universo no qual elas ainda lutam para serem vistas e ouvidas em condição de igualdade com os homens.

Isso porque ninguém entende melhor tudo o que uma mulher empreendedora passa do que outra mulher que também empreende. E essa compreensão tem um peso enorme em suas jornadas. Isso foi demonstrado no Festival Rede Mulher Empreendedora (RME), um dos principais encontros do país para lideranças femininas e que teve sua última edição realizada em outubro de 2023.

Na ocasião, participantes destacaram que fatores como a autonomia sobre a vida pessoal e profissional e o incentivo de redes de apoio a mulheres profissionais estão entre as principais motivações para que continuassem empreendendo.

Desta forma, lideranças que fazem parte dessas redes ganham mais meios de construir uma presença marcante no mercado, ampliar suas operações e se inserir em novos ramos. Tudo isso enquanto inspiram outras mulheres a perseguirem suas próprias ambições empreendedoras.

Como fortalecer sua redes de contatos

As trocas com outras líderes em redes sociais e a participação em eventos focados no empreendedorismo feminino estão entre as principais formas que mulheres buscam para se conectar, de acordo com a pesquisa do Sebrae.

Por isso, a primeira dica é justamente participar de conferências e workshops, como o Festival Rede Mulher Empreendedora, um evento realizado há mais de dez anos pela Rede Mulher Empreendedora (RME), uma iniciativa que ajuda mulheres a alcançar autonomia econômica e poder de decisão sobre seus negócios e suas vidas.

Apoiado pelo Itaú Empresas, o festival contou em sua última edição com um projeto de mentoria que tem tudo a ver com essa proposta de troca de experiências enriquecedora: nele, especialistas em negócios e marketing digital passaram seus conhecimentos a empreendedoras que estavam iniciando em novas áreas, fortalecendo uma rede de apoio entre mulheres.

Uma outra sugestão para quem busca uma rede de apoio é fazer parte de comunidades digitais e grupos dedicados ao empreendedorismo feminino e se conectar a outras mulheres líderes em plataformas como o LinkedIn.

Já plataformas como o Itaú Mulher Empreendedora (IME) oferecem um sistema ainda mais completo para apoiar e impulsionar negócios de mulheres. A iniciativa atua em três principais frentes: capacitação, conexão e conteúdos, pensados para auxiliar as participantes a gerir suas empresas.

Por meio de encontros e parcerias, o programa ajuda diretamente a formar as redes de contato valiosas e fornece recursos que vão desde a formação em áreas-chave do empreendedorismo até a atenção especial a recortes específicos dentro deste segmento, como para os negócios de mulheres negras.

Neste Dia Internacional da Mulher, conte com esse apoio, impulsione outra empreendedora e ajude a construir um futuro do trabalho no Brasil cada vez mais inclusivo.