Bitcoin em alta, S&P em foco e renda fixa no radar
Confira o que está por trás das movimentações que agitaram o mercado nos últimos dias.
Por Comunicação Itaú Asset
EDIÇÃO #106

O mercado segue dando sinais claros de que 2025 não será um ano morno. Bitcoin atingindo novas máximas, S&P 500 testando limites e os debates sobre renda fixa voltando com força.
Além disso, a cena política nos Estados Unidos continua no centro das atenções e mexe com bolsas e investidores ao redor do mundo.
Reunimos aqui os principais movimentos que ajudam a entender para onde caminham os investimentos, e como você pode acompanhar essas tendências de perto.
Bitcoin renova recorde e reforça espaço entre os grandes ativos globais
O Bitcoin voltou a chamar atenção nesta semana ao atingir um novo recorde histórico. A criptomoeda superou a marca de US$ 120 mil, renovando suas máximas e consolidando ainda mais seu espaço entre os principais ativos globais.
O movimento reforça a força que o mercado cripto ganhou nos últimos anos, especialmente com a entrada de grandes investidores institucionais e o avanço dos ETFs ligados ao ativo.
O novo patamar do Bitcoin faz com que ele já figure entre os cinco maiores ativos do mundo em valor de mercado, atrás apenas de gigantes como Microsoft, Apple, Saudi Aramco e Nvidia. O fortalecimento da cripto ocorre em um cenário de maior aceitação institucional, com bancos e gestoras globais passando a incluir o ativo em suas estratégias de diversificação.
Outro fator que impulsionou a recente alta é a consolidação dos ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos, autorizados no início de 2024. O mercado de ETFs de Bitcoin listados nos EUA já acumula mais de 140 bilhões de dólares e registra um forte fluxo positivo. Esse movimento é acompanhado de uma institucionalização do Bitcoin, já que mais de 265 empresas mantêm a criptomoeda em seus balanços, totalizando cerca de 3,5 milhões de unidades de BTC em tesourarias.
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Como superar o S&P 500?
O S&P 500 segue surpreendendo em 2025. O principal índice da bolsa americana já acumula alta superior a 15% no ano, impulsionado principalmente pelas big techs e pelos setores ligados à inteligência artificial. Ainda assim, para muitos investidores, fica a dúvida: é possível superar o desempenho desse índice tão robusto?
Aliado a essa discussão, segue o debate do dólar e sua hegemonia como reserva de valor global. Essa instabilidade tem pressionado à moeda americana contra seus pares, inclusive o real. Para quem mantém sua exposição internacional, essas movimentações de moeda tendem a ter um impacto relevante, seja positivo ou negativo. Mesmo com essa volatilidade, investir em dólar é importante para adicionar uma proteção aos ativos de risco brasileiros, já que eles andam em direções opostas.
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Os três temas que devem ditar o futuro da renda fixa
As taxas dos títulos do Tesouro IPCA+ caíram nos últimos meses e a pergunta que começou a rondar o mercado é: será que os juros reais vão continuar recuando?
Em fevereiro, o Tesouro IPCA+ 2040 pagava mais de 7,30% ao ano. Agora, já vimos esse papel ser negociado abaixo de 6,90%. A dúvida é se esse movimento veio para ficar ou se foi apenas um respiro. Segundo a Nord Research, a resposta deve passar por três grandes discussões que vão dominar o mercado no segundo semestre.
Com a Selic hoje em 15% ao ano, o maior nível desde 2006, o Banco Central deu sinais de que o ciclo de alta chegou ao fim após a última elevação de 0,25 ponto percentual em junho. O tom mais cauteloso do comunicado já fez parte do mercado apostar que cortes podem acontecer mais cedo do que o Focus sugere — que projeta Selic nesse patamar até 2025 e recuo só em 2026.
Expectativas de corte costumam mexer com os preços: inflação controlada, mercado de trabalho mais fraco e núcleos de inflação próximos da meta podem acelerar esse movimento e valorizar ainda mais os papéis prefixados e atrelados ao IPCA.
O cenário internacional também pesa. O Federal Reserve mantém os juros entre 4,25% e 4,50% e ainda não deu sinal claro de cortes. As incertezas fiscais e políticas por lá, somadas às eleições de novembro, seguem travando investimentos e enfraquecendo o dólar. Por aqui, essa combinação ajuda a segurar a inflação e favorece possíveis cortes futuros.
Por fim, mesmo a dois anos de distância, as eleições presidenciais no Brasil já começam a afetar as projeções. O temor de medidas populistas eleva a percepção de risco fiscal, enquanto eventuais sinalizações mais “fiscalistas” poderiam trazer algum alívio para os mercados.
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Bolsas americanas respiram após Trump negar demissão de Powell
As bolsas de Nova York começaram o dia com incerteza, mas encerraram em alta após mais um capítulo do já conhecido embate entre Donald Trump e Jerome Powell.
De acordo com o Valor Investe, rumores de que o ex-presidente dos Estados Unidos planejava demitir Powell, atual presidente do Federal Reserve (Fed), derrubaram os mercados no início do pregão. A informação era de que Trump teria discutido com parlamentares republicanos a possibilidade de remover Powell do cargo, após seguidas críticas ao Fed por manter os juros altos.
A rede CNBC chegou a confirmar que a ideia havia sido ventilada em reuniões recentes. Fontes da Casa Branca relataram que Trump perguntou aos congressistas como eles reagiriam à saída de Powell e teria recebido apoio. Segundo a imprensa americana, houve até uma carta de demissão redigida e mostrada por Trump durante esses encontros.
Apesar disso, em entrevista coletiva no próprio Salão Oval, Trump afirmou que a demissão de Powell “não está nos planos” e que é “altamente improvável” no momento, embora tenha deixado em aberto a possibilidade no futuro.
As bolsas reagiram rápido: S&P 500, Nasdaq e Dow Jones firmaram alta após a declaração, recuperando parte do fôlego perdido nas horas anteriores. Vale lembrar que, após decisão recente da Suprema Corte dos EUA, o presidente não tem mais autoridade direta para demitir membros do Fed — o que também ajudou a dissipar parte da especulação.
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