Destaques do painel “Investindo como profissional com ETFs” | 5ª Semana de ETFs Itaú Asset
Confira um resumo do bate-papo da 5ª edição da Semana de ETFs Itaú Asset, que contou com Sylvio Castro, Rachel de Sá e Guilherme Cadonhotto
Por Itaú Asset

O primeiro painel realizado na 5ª Semana de ETFs da Itaú Asset abordou o papel dos ETFs como ferramentas estratégicas na construção de portfólios para investidores de todos os perfis. O debate mostrou como os ETFs vêm se consolidando como instrumentos versáteis e eficientes, sendo usados na construção de portfólios globais de investimento.
A conversa contou com a visão dos especialistas Sylvio Castro, nosso Head Global Solutions e Fund of Funds, Rachel de Sá, estrategista de investimentos da XP, e Guilherme Cadonhotto, sócio do Grupo Primo, e moderação de Eduardo Torrescasana, Head de Distribuição para Private Distribuidores Itaú Asset.
Confira os destaques do painel:
O avanço dos ETFs no Brasil e no mundo
- A indústria de ETFs global já representa um volume superior a 15 trilhões de dólares e segue crescendo. Nos Estados Unidos, os ETFs e fundos passivos superam em volume os fundos ativos. No Brasil, embora a representatividade dos ETFs ainda seja pequena frente à indústria de fundos, a tendência global de crescimento é visível também no mercado brasileiro, que já atingiu a marca dos R$ 58 bilhões.
- A tendência de soluções baseadas em “fee-based” – modelo de remuneração por serviço de alocação, e não por produto – favorece o uso de ETFs como veículos principais por sua transparência, eficiência e redução de conflitos de interesse.
ETFs como ferramentas estratégicas
- Por algum tempo, e ainda hoje, muitos acreditam que ETFs são ativos voltados a investidores iniciantes. Contudo, os ETFs devem ser vistos como ferramentas de construção de portfólio, ainda mais para perfis de investidores experientes e profissionais. Seu uso é recorrente tanto em estratégias simples quanto em portfólios sofisticados.
- ETFs permitem implementar estratégias de alocação de ativos de forma precisa, abrangendo renda fixa, renda variável, commodities, estratégias temáticas e mais. São instrumentos flexíveis para diferentes perfis e objetivos de investidores.Os ETFs oferecem três vantagens centrais: baixo custo, eficiência e liquidez. Essas características tornam o veículo ideal tanto para investidores individuais quanto institucionais.
A “rebentação” e a jornada do investidor
- Guilherme Cadonhotto ilustrou, a partir da analogia da “rebentação” das águas do mar, a jornada do investidor. Ao entrar no mar, é preciso passar pela quebra das ondas: essa é a fase em que o investidor ainda está acumulando patrimônio com esforço próprio, antes de ver os juros compostos agirem de forma significativa.
- Após cerca de cinco anos de aportes consistentes, o investidor começa a perceber que os rendimentos mensais do portfólio se equiparam aos próprios aportes. A partir desse momento, a motivação e o comprometimento com a disciplina tendem a se solidificar. Por isso é tão importante manter a disciplina e consistência.Os ETFs são ferramentas úteis em todas as fases dessa jornada – desde o início, passando pela fase de consolidação, até o nível mais avançado, quando o investidor já busca sofisticação e diversificação global.
ETFs em carteiras administradas e soluções customizadas
- Destacamos o papel crescente dos ETFs na implementação de carteiras administradas, inclusive para investidores de altíssima renda. O uso desses veículos permite construir alocações robustas com maior eficiência fiscal e menor custo.
- O modelo de construção de portfólios hoje se aproxima do padrão internacional: uma parte eficiente, líquida e diversificada (composta majoritariamente por ETFs), combinada com ativos alternativos ou estratégias específicas de geração de alfa.
- A tributação recente sobre fundos exclusivos forçou uma reestruturação da indústria de asset allocation, abrindo espaço para a ampliação do uso de ETFs em carteiras estruturadas e com gestão ativa de alocação.
ETFs passivos e fundos ativos
- Um ponto importante do debate foi a combinação de ETFs passivos com fundos ativos em portfólios voltados para geração de alfa. Os palestrantes explicam que os ETFs não excluem a gestão ativa – pelo contrário, são frequentemente utilizados como ferramentas táticas em fundos sofisticados.
- Nos Estados Unidos, praticamente todos os hedge funds utilizam ETFs, seja para obter exposição rápida, seja como instrumento de proteção. Isso também vale para fundos macro e multiestratégia.Na gestão de alocação, os ETFs permitem fazer ajustes conforme a visão de ciclo econômico, otimizando o retorno em relação ao custo de capital – frequentemente representado pela taxa CDI.
O que ainda falta no mercado local
- Entre os entraves para o crescimento mais acelerado dos ETFs no Brasil, é possível apontar a ausência de ETFs pós-fixados ou com duration variada, a falta de instrumentos de crédito privado, a necessidade de produtos de gestão ativa em formato ETF, e a carência de dados estruturados e acessíveis para análise comparativa.
- Outro ponto citado foi o comportamento do investidor brasileiro, que ainda busca retornos extraordinários de curto prazo, e por isso reluta em aderir a produtos mais consistentes, porém moderados, como os ETFs.
- O avanço do modelo fee-based, associado à educação financeira, foi destacado como fator para o amadurecimento do uso de ETFs no Brasil — especialmente entre pessoas físicas.
Confira o painel na íntegra abaixo:
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