Destaques do painel “ETFs e assessoria do futuro: qual o papel do assessor financeiro?” | 5ª Semana de ETFs Itaú Asset
Confira um resumo do bate-papo da 5ª edição da Semana de ETFs Itaú Asset, que contou com Fabio Horta, Rafael Wald Reissmann e Arthur Carasso
Por Itaú Asset

O segundo painel da Semana de ETfs trouxe uma reflexão sobre como o crescimento dos ETFs e o avanço tecnológico estão transformando a atuação dos assessores financeiros. O painel abordou o crescimento do modelo fee based de remuneração, os desafios da educação financeira e o potencial da inteligência artificial como diferencial competitivo para assessoria de investimentos.
A conversa contou com Fabio Horta, Head de Distribuição e Assessoria de Investimentos do Itaú, Rafael Wald Reissmann, CIO da Criteria Financial Group, e Arthur Carasso, Head da área de Global Private Investment Specialists do Itaú Private Bank. A moderação foi de Renato Eid, Head de Estratégias Beta e integração ESG da Itaú Asset.
Confira os destaques do painel:
A consolidação dos ETFs exige um ecossistema
- A adoção ampla dos ETFs não depende apenas da oferta de produtos, mas da preparação de todo o ecossistema: o modelo de negócios, a capacitação dos especialistas e a educação do cliente.
- O modelo fee-based foi apontado como tendência inevitável, promovendo maior alinhamento entre assessor e cliente. No Brasil, a expansão desse modelo ainda está em estágio inicial, mas avança rapidamente.
Educação financeira
- Um dos papéis centrais do assessor de investimento é reforçar a visão de longo prazo. Fabio Horta assinala que “a melhor forma de ganhar dinheiro rápido é devagar”, por meio de disciplina, paciência e alocação estratégica.
- O desafio da educação financeira é crucial para o desenvolvimento do mercado e mudança de comportamento do investidor, que tende a olhar para o curto prazo em detrimento de alocações estruturais de longo prazo.
Eficiência de custo e o impacto dos ganhos marginais
- Rafael Reissmann destaca que ETFs são centrais na discussão, por proporcionarem acesso a carteiras diversificadas com custo reduzido e estrutura tributária eficiente.
- Um estudo comparando a performance de Warren Buffett com e sem taxas ilustra esse ponto: se estivesse sujeito a taxas tradicionais, cerca de 86% do retorno histórico teria sido comprometido.
ETF como ferramenta
- Arthur Carasso reforçou que o ETF deve ser compreendido como uma forma de investir, e não apenas mais um produto, e sua utilização deve estar alinhada ao planejamento financeiro e aos objetivos de cada cliente.
- Enquanto o mercado global de ETFs já ultrapassa os 15 trilhões de dólares, o Brasil representa menos de 0,1% desse volume. Assim, há ainda espaço para crescimento, inovação e adaptação do modelo internacional à realidade brasileira.
- Os ETFs viabilizam alocações ágeis, acessos temáticos, exposição a classes de ativos difíceis de replicar diretamente (como ouro ou criptomoedas), e são uma forma eficiente de escalar a gestão patrimonial sem abrir mão da personalização.
O papel do assessor
- Ao migrar para um modelo fee-based, o foco deixa de ser a rentabilidade do produto isolado (e sua remuneração), e passa a ser o valor da relação no longo prazo com o cliente.
- Nesse modelo, o sucesso do assessor não é mais indicado pelo ROA (retorno sobre ativos), e sim pelo LTV (lifetime value). Isso transforma a lógica de atendimento: ganha relevância o tempo de permanência do cliente, a confiança e o nível de engajamento.
- Para os palestrantes, em vez de precificar com base no patrimônio líquido (PL), a remuneração deve refletir a complexidade do atendimento, os serviços prestados e o nível de sofisticação exigido pelo cliente.
Inteligência artificial e o assessor do futuro
- Fábio Horta destacou que a inteligência artificial será um divisor de águas na produtividade e na forma de atendimento. Um exemplo disso é o conceito de “educação just-in-time”, que substitui a necessidade de dominar previamente todo o portfólio de produtos.
- A IA permitirá que o assessor acesse, em tempo real, dados e características de produtos durante as conversas com o cliente, otimizando a recomendação e personalizando a entrega.
- O uso dessa tecnologia, comunicação e dados transformará o papel do especialista, que poderá escalar seu atendimento sem perder profundidade.
Equilibrando disciplina, simplicidade e sofisticação
- ETFs, apesar da aparência simples, oferecem sofisticação em escala. São instrumentos que permitem ao assessor dedicar mais tempo à escuta ativa e ao planejamento do cliente, em vez de focar excessivamente em seleção de produtos.
- O desafio está em superar a percepção de que investir via ETF é “menos sofisticado”. Na prática, clientes private no exterior alocam volumes expressivos por meio de ETFs.
O futuro do mercado
- A combinação entre tecnologia, educação, modelo de remuneração adequado e acesso a produtos eficientes como os ETFs é o que definirá a próxima geração da assessoria de investimentos no Brasil.
Confira o painel na íntegra abaixo:
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