Fundos com exposição à Bolsa são todos iguais?

Quais as diferentes estratégias de investimento em renda variável? Com essa pergunta, o podcast Mind Asset estreia a série “Estratégias de Gestão em Bolsa”. Em três episódios, ao longo das próximas semanas, a série vai detalhar as principais formas de investir no mercado de renda variável: Long Only, Long Bias e Long & Short.

Cada capítulo traz gestores e especialistas para explicar como essas abordagens funcionam, quando fazem mais sentido e qual o perfil de investidor mais adequado para cada uma delas.

Neste primeiro episódio, Rodrigo Giordano, superintendente de gestão da área de Solutions do Itaú, e Letícia Biller, gerente comercial da Itaú Asset, explicam como as estratégias diferem entre si em termos de exposição à Bolsa de Valores, ao risco e à volatilidade.

Giordano resume que todas as três estratégias compartilham um mesmo universo: o da renda variável. Elas estão sujeitas à tributação de 15% no resgate, sem a incidência de come-cotas. A diferença está na forma como o gestor se posiciona.

Nos fundos Long Only, a carteira permanece praticamente 100% comprada em ações, buscando capturar os movimentos de alta da Bolsa. Já os Long & Short operam pares de ações, comprando papéis considerados subavaliados e vendendo os sobreavaliados.

Entre as duas estratégias está o Long Bias, que oferece ao gestor flexibilidade para variar o nível de exposição à Bolsa conforme o cenário. Essa característica, diz Giordano, permite “atacar e defender” o portfólio ao longo do tempo.

Letícia destaca que a decisão de investir em renda variável começa pela escolha entre gestão passiva e ativa.

Ela acrescenta que, dentro dos fundos ativos, há diferentes graus de concentração e de liberdade de escolha. “Um fundo pode buscar superar o Ibovespa com uma carteira semelhante à do índice, enquanto outro pode se distanciar completamente dele para capturar assimetrias de preço”, afirma.

Na gestão dos mandatos de Itaú Solutions, Giordano conta que o portfólio de renda variável hoje é equilibrado entre fundos Long Bias e Long Only, com o acréscimo de ETFs setoriais e alocação internacional. “Essa composição permite aproveitar o potencial dos gestores ativos e, ao mesmo tempo, adicionar liquidez e diversificação global”, explica.

Já Letícia destaca que o investidor brasileiro tende a ter baixa exposição à Bolsa, mas que o cenário de queda de juros pode abrir espaço para revisões.

• Long Only, Long Bias e Long & Short: três formas de investir em Bolsa com diferentes níveis de risco e exposição.
• Long & Short tende a se aproximar do CDI, oferecendo descorrelação.
• Long Bias combina flexibilidade e gestão ativa, ajustando o direcional da carteira conforme o cenário.
• Área de Solutions da Itaú Asset mantém portfólio equilibrado entre fundos ativos e ETFs setoriais.

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