O que investidores podem esperar da COP30 em Belém
Mind Asset | Sofia Inácio Fahel, da Itaú Asset, e Ricardo Amatucci, do Itaú Unibanco, analisam a COP30 em Belém e destacam o posicionamento do banco para o setor e as oportunidades para investidores
Por Comunicação Itaú Asset
A COP30 será realizada em novembro de 2025, em Belém do Pará, levando o debate global sobre clima e sustentabilidade ao coração da Amazônia.
No podcast Mind Asset, Ricardo Amatucci, e Sofia Inácio Fahel, falam sobre a participação do Itaú no evento, as ações em curso e as perspectivas para o mercado financeiro e de investimentos sustentáveis.
Compromissos assumidos
Para Ricardo Amatucci, gerente de sustentabilidade e estratégias ESG do Itaú Unibanco, a COP30 será a “conferência da implementação”. Segundo ele, Belém pode transformar compromissos assumidos em conferências anteriores, como o Acordo de Paris, em ações concretas.
Ele explica que o banco tem atuado com clientes e parceiros para acelerar a transição para uma economia de baixo carbono e cumprir a meta de zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050. A instituição também planeja reduzir 50% das emissões financiadas até 2030.
O Itaú contará com uma casa em Belém, criada em parceria com empresas privadas. O espaço abrigará debates, painéis e encontros técnicos sobre soluções climáticas escaláveis, reforçando o papel do setor financeiro na transição energética e nas metas de sustentabilidade que o evento busca consolidar.
Mercado de carbono
Sofia Inácio Fahel, analista de ESG da Itaú Asset, diz esperar avanços na estruturação do mercado regulado de carbono. O Brasil aprovou, em 2024, a lei que abre espaço para o novo setor.
“Com essa lei, o Brasil passa a ter diretrizes claras e começa a se posicionar globalmente nesse tema”, afirmou. A expectativa, ela conta, é que, em até cinco anos, o país tenha um sistema completo de registro, validação e negociação de créditos.
Ela explica que essa regulamentação abre novas oportunidades de investimento em produtos ligados à precificação de carbono e ao financiamento da transição climática. Antecipar temas regulatórios e transformá-los em soluções de investimento é parte da estratégia de geração de valor da gestora.
Eventos paralelos
Como consequência da COP30, outros eventos relevantes do mercado de ESG foram marcados para acontecer no Brasil. Um exemplo é o PRI in Person, principal fórum global de investimentos responsáveis. Uma semana antes da COP30, o evento reunirá, em São Paulo, gestoras e instituições financeiras para discutir compromissos e métricas de sustentabilidade.
“O PRI é um dos eventos mais relevantes do mundo quando se fala em investimentos responsáveis. É onde investidores e gestoras trocam experiências e avançam em compromissos concretos para financiar a transição sustentável”, disse a especialista da Itaú Asset.
Regulação de fundos IS
Entre os temas abordados no podcast, foi discutido o impacto da nova regulamentação da Anbima, que introduziu a categoria de Fundos de Investimento Sustentável (IS).
Somente produtos que possuem objetivos totalmente sustentáveis podem utilizar o selo IS, sendo necessário comprovar metodologias e metas de impacto verificáveis, além de garantir maior transparência.
Para Sofia, a medida traz padronização ao mercado, combate o greenwashing e aproxima o Brasil das melhores práticas internacionais. Esse avanço fortalece a credibilidade da indústria de fundos sustentáveis e reforça a maturidade da agenda ESG no país.
Prateleira ESG
Na prateleira sustentável da Itaú Asset, dois fundos de crédito privado foram destacados. O Active Fix ESG, um dos maiores do Brasil, com cerca de R$ 3 bilhões em patrimônio líquido. O fundo investe em setores como saneamento, energia renovável e moradia popular.
Outro fundo comentado foi o Active Fix ESG Horizonte, que destina no mínimo 10% do patrimônio a empresas que atuam na Amazônia Legal. “O Horizonte é o primeiro fundo de crédito privado com investimento mínimo direcionado à Amazônia Legal. Ele dá um passo além ao gerar impacto direto na região e promover desenvolvimento sustentável”, afirmou Sofia.
Pontos‑chave do episódio
- A COP30 será a primeira conferência do clima sediada na Amazônia.
- O Itaú reforça metas de emissões líquidas zero até 2050 e redução até 2030.
- Mercado regulado de carbono deve abrir novas teses de investimento.
- Regras de fundos IS elevam transparência e combatem greenwashing.
- Destaque para Active Fix ESG e Active Fix ESG Horizonte.
Assista e aprofunde
Ouça o episódio do Mind Asset sobre a COP30 para detalhes sobre compromissos, transição energética, mercado de carbono e impactos para investidores.
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