Inflação da Zona do Euro segue na meta do BCE; indústria nos EUA mostra leve recuperação

O Índice de Inflação ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Zona do Euro acelerou para 2,0% em junho, ante os 1,9% registrados em maio, segundo dados preliminares divulgados pelo instituto de estatística da União Europeia (Eurostat) nesta terça-feira, 1º. O indicador veio em linha com as expectativas do mercado.

Já o núcleo, que exclui os componentes mais voláteis (como alimentos e energia), se manteve estável na comparação anual, em 2,3%, também conforme o esperado, indicando uma inflação subjacente ainda resistente para ceder, mas já em patamar mais baixo.

Nossa visão: a leitura de junho adiciona confiança na avaliação do Banco Central Europeu de que a inflação já se encontra ao redor da meta de 2% ao ano no médio prazo. Contudo, diante da elevada incerteza, com riscos para ambos os lados, o BCE deve adotar uma abordagem dependente da evolução dos dados.

O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) informou nesta terça-feira, 1º, que o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do setor manufatureiro dos EUA subiu de 48,5 em maio para 49 em junho. O resultado veio acima da expectativa do mercado, que projetava um aumento para 48,8 pontos. A quebra, no entanto, mostra um qualitativo pior na margem, com quedas nos componentes de novos pedidos e emprego, enquanto o de preços voltou a acelerar.

A leitura abaixo dos 50 pontos ainda indica contração da atividade no setor, que atualmente tem menor peso na economia americana, mas o avanço do indicador sinaliza alguma recuperação na atividade industrial. Ainda esta semana, será divulgado o componente do setor de serviços, com o mercado projetando recuperação para território expansionista.

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