Atividade econômica desaponta na China e BC corta juros

No Radar do Mercado: com dados mais fracos de atividade econômica na China, o Banco Central decidiu cortar os juros. Já as vendas no varejo dos EUA seguiram fortes em julho

Por Itaú Private Bank

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Crédito: Getty Images

Atividade econômica desaponta na China e Banco Central corta juros

Os indicadores de atividade de julho da China divulgados ontem à noite vieram abaixo das expectativas do mercado. A produção industrial desacelerou para 3,7% na comparação anual, vindo de um crescimento de 4,4% na leitura anterior e abaixo do esperado (4,3%). As vendas no varejo também decepcionaram, com um crescimento de 2,5% na base anual, desacelerando em relação aos 3,1% registrados no mês passado e abaixo dos 4,0% esperados.

O setor imobiliário ainda é o principal obstáculo e segue sem sinais de melhora nas vendas e construções, que permanecem em patamar negativo no comparativo anual. Os investimentos em ativos fixos perderam tração, enquanto a taxa de desemprego subiu para 5,3%, acima do nível pré-pandemia.

O banco central da China (PBoC, na sigla em inglês) respondeu com cortes nas taxas de juros: 15 pontos-base na linha de crédito de médio prazo (MLF) de um ano, que agora está em 2,5%; e 10 pontos-base na linha de operações de mercado aberto (OMO) de 7 dias, para 1,8%.

Os cortes sinalizam a crescente preocupação das autoridades com a desaceleração do crescimento econômico. No entanto, o estímulo monetário por si só tem impacto limitado. Na nossa visão, os formuladores de políticas devem se concentrar em medidas mais relacionadas ao setor imobiliário.

Vendas no varejo dos EUA crescem acima do esperado em julho

As vendas no varejo dos Estados Unidos cresceram 0,7% em julho, acelerando frente a junho (0,2%), segundo o Departamento do Comércio americano. O resultado veio acima das expectativas (0,4%) e marca o quarto aumento consecutivo do indicador.

Excluindo-se automóveis e gasolina, as vendas subiram 1% no mês, acima das expectativas e acelerando na comparação com o mês anterior. O grupo de controle, que tem maior relação com o componente de consumo do Produto Interno Bruto (PIB) americano, também acelerou em relação à leitura passada, subindo 1%, acima do esperado pelo mercado.

Em suma, o indicador segue apontando uma resiliência da atividade americana, afastando o risco de recessão no curto prazo e reforçando a expectativa que o país viva um soft landing, ou seja, uma desaceleração econômica, mas ainda apresentando crescimento positivo.

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