Banco Central surpreende com corte de juros na China

No Radar do Mercado: o PBoC anunciou um corte em sua taxa de juros acima do esperado; também publicamos nosso guia para a política fiscal brasileira em 2024

Por Itaú Private Bank

2 minutos de leitura

O Banco Central da China (PBoC, na sigla em inglês) reduziu o juro da Loan Prime Rate (LPR) de cinco anos, referência para hipotecas, em 25 pontos-base, para 3,95%. A decisão surpreendeu o mercado, que esperava um corte menor, de 10 pontos-base.

O corte é o maior já implementado pela autoridade chinesa, e a medida visa estimular o crédito habitacional. A taxa da LPR de um ano permaneceu inalterada, em 3,4%, em linha com a decisão divulgada ontem de manutenção do juro da linha de crédito de médio prazo (MLF) de um ano, que seguiu em 2,5%.

Nossa visão: o corte maior do que o esperado é um sinal positivo de que as autoridades estão tentando estabilizar o setor imobiliário.

As flexibilizações recentes das restrições às compras de imóveis e taxas de hipoteca mais baixas podem ajudar um pouco a demanda. No entanto, vemos o apoio fiscal por meio do redesenvolvimento habitacional urbano e habitação pública como as principais políticas de suporte ao setor imobiliário, mas os detalhes de ambos os programas ainda são incertos.

A recuperação das vendas de imóveis após o feriado do Ano Novo Lunar deve ser monitorada adiante. Na política monetária, ainda esperamos cortes nas taxas de juros no segundo trimestre.

Guia para a política fiscal do Brasil em 2024

Divulgamos nesta segunda-feira, 19, nosso guia para os principais eventos e debates fiscais de 2024. O relatório está dividido em cinco partes:

  1. A piora dos dados em 2023, sua parcela estrutural e comparação internacional, além do plano do governo para correção de trajetória.
  2. O desafio do cumprimento da meta de 2024, com detalhes do cenário base para o resultado primário de 2024 e os riscos da nossa projeção de déficit de 0,8% do PIB.
  3. Os principais pontos a serem observados no processo orçamentário de 2025.
  4. Uma avaliação do cenário de emissões do Tesouro no ano.
  5. Calendário dos principais eventos do ano.

De forma geral, consideramos o balanço de riscos para a nossa projeção de déficit de 0,8% do PIB no ano como ligeiramente favorável, mas ressaltamos que um número melhor tem como condição a adoção de um contingenciamento já na primeira revisão bimestral em março, para administrar as incertezas em torno dos efeitos das medidas de receita adotadas e reforçar o comprometimento com a meta de resultado primário zero.

Na formulação do orçamento de 2025, esperamos a manutenção das regras vigentes do arcabouço, mas sem que o governo consiga aprovar novos aumentos de receita ou implementar reduções de despesas.

Clique aqui para ler o relatório completo.

⚠️Aviso: devivo à divulgação da ata da última decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano) na quarta-feira, 21, nosso boletim No Radar do Mercado será divulgado apenas no período da tarde.

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