BCE sobe juros novamente; PIB dos EUA cresce mais do que o esperado no 2º tri
No Radar do Mercado: em linha com as expectativas, o Banco Central Europeu elevou novamente os juros em 25 pontos-base; nos EUA, o PIB surpreendeu e cresceu 2,4% no segundo trimestre
Por Itaú Private Bank

PIB americano cresce 2,4% no segundo trimestre de 2023
O Escritório de Análise Econômica (BEA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos divulgou a primeira estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2023. No período, o indicador avançou 2,4% na comparação trimestral, em termos anualizados.
A divulgação veio acima das projeções do mercado, que eram de um crescimento menos intenso, de 1,8%. Além disso, houve uma aceleração em relação ao trimestre imediatamente anterior (2%).
O crescimento do PIB refletiu, principalmente, contribuições positivas dos gastos dos consumidores, tanto em serviços quanto em bens, do governo, além do componente de investimento não-residencial. Por outro lado, as contribuições negativas vieram de estoques e investimento residencial.
Ainda que seja a primeira leitura, feita com base em dados incompletos e os números ainda estejam sujeitos à revisão, o resultado aponta uma expansão da economia americana pelo quarto trimestre consecutivo. Além disso, afasta o cenário de uma possível recessão no curto prazo e mantém a incerteza acerca da resiliência do núcleo da inflação à frente.
BCE mantém ritmo e eleva juros em 25 pontos-base
O Banco Central Europeu (BCE) elevou suas taxas de juros em 25 pontos-base, mantendo o ritmo de alta. Com a decisão, já esperada pelo mercado, a taxa de refinanciamento passa para 4,25%, a de depósitos para 3,75% e a de empréstimos para 4,50%.
No comunicado, o BCE afirmou que a inflação continua em queda. É esperado que ela continue em tal trajetória, mas que ainda permaneça em patamar elevado por um longo período. Além disso, o comitê destacou que a inflação subjacente continua alta.
As autoridades ressaltaram que as altas anteriores nos juros estão sendo transmitidas vigorosamente para a atividade econômica, com as condições financeiras cada vez mais restritivas, freando a demanda, algo importante para trazer a inflação de volta para a meta.
Por fim, o comitê reforçou que vai assegurar que as taxas de juros sejam fixadas em um nível suficientemente restritivo, por quanto tempo for necessário, para que a inflação retorne à meta de 2%.
Em coletiva de imprensa, Christine Lagarde, presidente do BCE, enfatizou que as futuras decisões dependerão totalmente da evolução dos dados, mantendo a porta aberta para uma nova alta na reunião de setembro. Por ora, a declaração não deve alterar a expectativa do mercado de mais uma elevação de 25 pontos-base nos juros na próxima reunião.
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