Confira nossas revisões de cenários para abril

No Radar do Mercado: revisamos os cenários macro global, considerando a inflação alta e a atividade mais forte nos EUA, e local, em meio ao cenário global mais desafiador

Por Itaú Private Bank

4 minutos de leitura

Revisão de Cenário – Global: Inflação alta e atividade forte adiam corte de juros nos EUA

Deslocamos nossa expectativa de início do ciclo corte de juros dos EUA de junho para dezembro deste ano e seguimos esperando três cortes em 2025. A atividade econômica forte e a inflação persistente devem levar o Federal Reserve (Fed, banco central americano) a esperar mais tempo e coletar mais dados, antes de ter confiança para iniciar o processo de flexibilização monetária.

Na Europa, continuamos esperando um primeiro corte de juros em junho, em meio à atividade fraca e moderação da inflação. Projetamos queda de juros para 2,75% ao final de 2024 e 2,0% em 2025. Na China, a atividade melhorou no primeiro trimestre, mas as incertezas continuam. Mantemos nossas projeções de crescimento do PIB em 4,7% e 4,5% para 2024 e 2025, respectivamente.

Confira o relatório na íntegra.

Revisão de Cenário – Brasil: Cenário global mais desafiador, cautela maior

Revisamos para cima a nossa projeção do PIB, para 2,3% em 2024, diante dos dados mais fortes. Para 2025, revisamos para baixo, para 1,8%, refletindo a taxa de juros mais alta. A arrecadação tem se mostrado mais forte, mas os riscos fiscais a médio prazo continuam elevados. Esperamos déficits primários de 0,6% e 0,9% do PIB em 2024 e 2025.

O aumento de incertezas, especialmente no cenário internacional com o novo adiamento do início do ciclo de corte de juros nos EUA, pressiona a moeda. Assim, revisamos para cima a projeção de câmbio para R$ 5,00 por dólar em 2024 e R$ 5,20 por dólar em 2025.

Revisamos para cima a nossa projeção de IPCA para 3,7% em 2024, com uma composição mais adversa e incorporando uma projeção de serviços subjacentes mais alta. Para 2025, também houve revisão para cima, para 3,6%, tendo em vista o cenário de expectativas longas de inflação desancoradas e mercado de trabalho ainda apertado.

Um cenário global mais desafiador, adiamento e redução do orçamento dos cortes de juros em economias desenvolvidas, além das incertezas domésticas, limitarão os cortes de juros. Revisamos para cima a projeção da taxa Selic, terminando o ano em 9,75%, com desaceleração no ritmo de cortes a partir de junho, e permanecendo neste patamar em 2025.

Confira o relatório na íntegra.

Setor de serviços contrai 0,9% em fevereiro

O volume de serviços do Brasil recuou 0,9% em fevereiro, após três resultados positivos consecutivos, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada pelo IBGE. A leitura veio abaixo das expectativas do mercado, que projetava uma alta (0,2%). Na comparação anual, a alta é de 2,5%.

Em fevereiro, a retração foi acompanhada por quatro das cinco atividades pesquisadas, com destaque para o recuo vindo dos profissionais, administrativos e complementares. Em sentido oposto, os serviços prestados às famílias mostraram uma ligeira variação positiva após recuarem em janeiro.

Nossa visão

O setor de serviços teve um desempenho mais fraco do que o esperado, puxado por transportes e serviços profissionais. Para o próximo mês, no entanto, esperamos uma alta, com os serviços prestados às famílias como destaque positivo.

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