Dados de emprego dos EUA movimentam o mercado

No Radar do Mercado: relatório de folha de pagamentos dos EUA aponta uma desaceleração na criação de vagas; no Brasil, indústria avança 0,7% no 2T24

Por Itaú Private Bank

3 minutos de leitura

O Payroll, relatório de folha de pagamentos do Departamento do Trabalho dos EUA, indicou a criação de 114 mil vagas em julho, abaixo da projeção de mercado (175 mil) e desacelerando na comparação com junho (número que foi revisado para baixo na leitura de hoje, de 206 mil para 175 mil).

A taxa de desemprego subiu para 4,3%, acima da expectativa do mercado, que projetava manutenção da taxa anterior (4,1%). O movimento é explicado pela ampliação da força de trabalho na pesquisa.

Os ganhos salariais por hora trabalhada subiram 0,2% em julho, para 35,07 dólares. Nos últimos 12 meses, o indicador avançou 3,6%. Ambos desaceleraram na comparação com o resultado anterior.

Nossa visão: ainda que impactada por fatores temporários, como greves e condições climáticas, a leitura abaixo do esperado e as revisões para baixo dos meses anteriores, além do aumento do desemprego, sugerem uma deterioração do mercado de trabalho na margem. Assim, a divulgação oferece suporte à tese de perda de vigor pela economia americana, e deve resultar em aumento da precificação para cortes de juros por parte do Fed no curto prazo.

Indústria brasileira avançou 0,7% no 2T24

A produção industrial nacional avançou 4,1% em junho na comparação com o mês anterior, acima da nossa projeção (3,4%) e das expectativas de mercado (2,7%). Frente a junho de 2023, a indústria avançou 3,2%. No 2T24, a alta foi de 0,7%.

Todas as quatro grandes categorias econômicas avançaram. Bens de consumo duráveis e bens de consumo semi e não duráveis assinalaram as taxas positivas mais elevadas em junho. Já entre as 25 atividades pesquisadas, 16 expandiram no mês, com destaque para coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis e produtos químicos.

Nossa visão: a alta da produção industrial em junho foi disseminada e puxada tanto pela indústria da transformação quanto pela extrativa, devolvendo o choque das enchentes do Rio Grande do Sul que havia afetado a indústria em maio. O resultado forte no mês aponta para uma atividade resiliente no 2º trimestre do ano e um viés de alta para o PIB de 2024.

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