Fed mantém juros, mas adota tom mais brando
No Radar do Mercado: banco central americano decidiu manter o nível de juros pela oitava reunião seguida, mas deixou a porta aberta para corte em setembro
Por Itaú Private Bank
O Comitê Federal de Mercado Aberto do Federal Reserve (FOMC, na sigla em inglês) manteve a taxa de juros americana no intervalo de 5,25% a 5,50% pela oitava reunião consecutiva. A decisão unânime veio em linha com as expectativas do mercado.
De maneira geral, o documento, apesar de poucas atualizações em comparação com o que foi divulgado na reunião de junho, trouxe um tom mais brando, indicando adicional avanço no controle da inflação e moderação no mercado de trabalho. Além disso, o comitê passou a julgar que os riscos para alcançar suas metas de inflação e emprego estão mais equilibrados, enquanto anteriormente destacava apenas o risco inflacionário.
Powell: corte de juros está mais próximo
Na conferência após a reunião, Jerome Powell, presidente do Fed, disse que o momento em que será apropriado reduzir os juros está cada vez mais próximo. Afirmou, também, que houve discussão entre os membros do comitê sobre cortes na reunião de hoje, mas que o consenso ainda foi de manter as taxas no patamar atual.
Ele destacou o progresso que tem sido observado, que o cenário e o balanço de riscos têm aumentado a confiança do comitê, mas reforçando a necessidade de mais dados para a tomada de decisão pelo início dos cortes.
Para que esse movimento aconteça em setembro, Powell explicou que o processo de desinflação deve continuar, enquanto o crescimento econômico precisa seguir resiliente e o mercado de trabalho consistente com as condições atuais.
Perguntado sobre o ritmo de cortes à frente, Powell preferiu não sinalizar, destacando as constantes surpresas nos dados econômicos. Já sobre a possibilidade de iniciar o ciclo com um corte de maior magnitude, afirmou que o comitê não discutiu tal opção.
Por fim, quando questionado se seria adequado fazer esse movimento perto das eleições, Powell destacou que o Fed não vai mudar sua abordagem conforme o calendário eleitoral, mas sim considerando seu mandato duplo, que é manter estabilidade de preços e o nível máximo de emprego no país.
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