Fed mantém juros e Powell descarta possível alta

No Radar do Mercado: banco central americano decidiu manter inalterado o nível de juros na reunião de ontem; perspectiva de nota de crédito do Brasil foi elevada para positiva

Por Itaú Private Bank

4 minutos de leitura

O Comitê Federal de Mercado Aberto do Federal Reserve (FOMC, na sigla em inglês) manteve a taxa de juros americana no intervalo de 5,25% a 5,50% pela sexta reunião consecutiva. A decisão veio em linha com as expectativas do mercado.

Segundo o comitê, a atividade econômica continuou expandindo em ritmo sólido. O mercado de trabalho continua forte, enquanto a taxa de desemprego seguiu baixa. A autoridade afirmou que nos últimos meses não houve progresso no processo de desinflação à meta e manteve sua comunicação de que não espera que seja apropriado reduzir os juros até que se ganhe maior confiança de que a inflação está convergindo de forma sustentável aos 2%.

Por fim, os membros reiteraram a visão dependente da evolução dos dados e do balanço de riscos. O Federal Reserve afirma estar preparado para ajustar a postura da política monetária conforme apropriado.

Powell adota tom mais brando

Na conferência após a reunião, Jerome Powell, presidente do Fed, rejeitou a possibilidade de um possível cenário de aumento nos juros. Ele afirmou que o comitê precisaria de evidências persuasivas de que a política monetária não estaria suficientemente restritiva para um cenário de alta se concretizar.

A visão de Powell é que o mercado de trabalho em desaceleração e a fraqueza nos gastos mais sensíveis aos juros são algumas das evidências de juros em patamar suficientemente restritivo, afirmando que espera que o processo de desinflação continue ao longo desse ano.

Moody’s revisa perspectiva de crédito do Brasil para positiva

A Moody’s, agência de classificação de risco, revisou a perspectiva do Brasil de estável para positiva e afirmou o rating de crédito da dívida em Ba2. Esta é a primeira alteração que a agência faz na perspectiva de crédito do Brasil desde 2018, quando passou de negativa para estável.

Em uma declaração anunciando a revisão, a Moody’s cita um crescimento mais robusto combinado com um progresso contínuo, embora gradual, no sentido da consolidação fiscal. No ano passado, tanto a S&P como a Fitch elevaram a classificação do país, ambas para BB (com perspectiva estável).

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