Serviços crescem no Brasil e PPI surpreende nos EUA

O volume de serviços no Brasil cresceu 0,3% em junho, acelerando em relação a maio (0,2%, após revisão), segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quinta-feira, 14, pelo IBGE. O resultado foi o quinto positivo em sequência e veio acima da mediana do mercado, que projetava estabilidade. Na comparação com junho do ano passado, o avanço foi de 2,8%. No comparativo trimestral, houve um crescimento de 1,1% no segundo em relação ao primeiro trimestre na série com ajuste sazonal.

Apenas uma das cinco principais categorias apresentou crescimento no mês. “Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio” avançou 1,5% na passagem mensal. Os demais setores registraram quedas, com destaque para os outros serviços (-1,3%) e para os serviços prestados às famílias (-1,4%), com a terceira queda consecutiva.

Nossa visão: apesar da surpresa positiva no resultado geral, a maioria dos segmentos apresentou queda na margem, reforçando a expectativa de desaceleração da atividade econômica ao longo do segundo trimestre.

O Índice de Preços ao Produtor (PPI) de julho nos EUA foi divulgado hoje, com o núcleo do indicador, que exclui energia e alimentação, registrando uma alta de 0,9% frente a junho, após ter se mantido estável no mês anterior. O resultado veio bem acima da expectativa do mercado, que era de alta de 0,2% na passagem mensal. No acumulado em 12 meses, o núcleo do PPI avançou para 3,7%, também acima das expectativas (3,0%).

O índice cheio também apresentou aumento de 0,9% no mês, acelerando de 2,3% para 3,3% na base anual, acima da projeção de mercado (2,5%).

Nossa visão: o resultado do PPI de julho trouxe aceleração relevante dos preços aos produtores nos EUA, tanto no núcleo quanto no índice cheio. A abertura dos dados mostra que serviços puxaram o movimento, mas também houve aceleração no componente de bens. A leitura também implica leve ajuste altista nas projeções para o PCE do mês, dado utilizado pelo Fed em suas projeções. Assim, a leitura pressiona por uma redução na precificação do mercado por corte de juros na reunião de setembro, ainda que esta siga como a principal aposta dos participantes.

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