Inflação na Zona do Euro e previsões do Financial Times para 2025

O índice de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Zona do Euro teve alta de 2,4% em dezembro, na comparação anual. O indicador veio em linha com as expectativas e acelerou em relação à leitura anterior (2,2%), influenciado por preços de energia.

O núcleo, que exclui os componentes mais voláteis (como alimentos e energia), manteve o ritmo da leitura anterior, em 2,7%, também em linha com a projeção do mercado. O destaque ficou com o componente de serviços, que acelerou na margem, enquanto a inflação de bens voltou ao território negativo.

Nossa visão: os números de dezembro, embora com uma composição menos favorável na margem, indicam que o núcleo da inflação na Zona do Euro ainda se encontra em nível compatível com a continuidade de cortes nas taxas de juros por parte do Banco Central Europeu (BCE).

O jornal britânico Financial Times divulgou suas já tradicionais previsões para o ano que está começando. Entre elas está a previsão de que Donald Trump deverá implementar uma guerra tarifária, incluindo taxações de ao menos 10% em pelo menos metade das importações dos EUA até o final do ano, com impactos sobretudo em países como China, México e Canadá.

Sobre o mercado acionário americano, o jornal acredita que as “Magnificent 7” não devem sofrer uma correção, mas também há pouco espaço para valorização do patamar atual. Além disso, o jornal projeta que as taxas de juros americanas não chegarão ao final do ano mais baixas do que estão agora. Ao contrário do que deve ocorrer na Zona do Euro e no Reino Unido.

Sobre a Europa, além de prever o fim não tão rápido do conflito entre Rússia e Ucrânia, o Financial Times acredita que o presidente da França, Emmanuel Macron, se manterá no cargo até o final do ano, mas cada vez mais enfraquecido. Na Alemanha, a projeção é de alguma flexibilização na regra que limita o endividamento público mesmo após uma eventual vitória dos conservadores nas eleições marcadas para fevereiro. Enquanto isso, no Reino Unido, a previsão é de que o governo trabalhista conseguirá manter sua promessa de não elevar impostos, pelo menos por enquanto.

Os jornalistas do Financial Times também projetam que a China não irá reduzir suas emissões de carbono e reduzirá ainda mais o preço de seus produtos exportados, como tentativa de reagir às tarifas a serem impostas pelos EUA e à queda do seu próprio ritmo de crescimento. Ainda na Ásia, acredita-se que o PIB nominal da Índia ainda não deve ultrapassar o do Japão em 2025.

As previsões do Financial Times incluem também uma flexibilização do controle cambial na Argentina, uma grande valorização do Bitcoin, o aumento do percentual da venda de veículos elétricos ao redor do mundo, entre outras. Confira todas as previsões (em inglês) clicando aqui.

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