IPCA contrai 0,02% em agosto, melhor que o esperado

O IBGE divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, que registrou deflação de 0,02% no mês, desacelerando na comparação com a leitura de julho (0,38%). O resultado veio abaixo da nossa projeção e da mediana das expectativas do mercado, que esperavam uma desaceleração menos intensa (para 0,03% e 0,01%, respectivamente). A taxa acumulada em 12 meses ficou em 4,24%, abaixo dos 4,50% observados no período imediatamente anterior.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, dois tiveram queda e influenciaram o resultado de agosto: "Habitação" e "Alimentação e bebidas". No lado das altas, o maior impacto veio de "Educação".

As medidas de núcleo, que apresentam maior relação com o ciclo econômico, vieram abaixo das nossas expectativas. Na média móvel de três meses, com dados dessazonalizados e anualizados, os serviços subjacentes desaceleraram, enquanto o núcleo de industriais subjacentes acelerou. Na mesma métrica, a média dos núcleos desacelerou ligeiramente para 4,7%.

Nossa visão: a leitura de agosto veio com abertura melhor do que a esperada, especialmente em função da surpresa baixista em serviços subjacentes. Adiante, ainda esperamos alguma pressão em serviços subjacentes, que devem terminar o ano com alta próxima de 5,5%.

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