IPCA-15 sobe 0,21%; PIB americano do 3º tri surpreende
No Radar do Mercado: enquanto o IPCA-15 e a decisão de política monetária do BCE vieram em linha com as expectativas, o PIB americano surpreendeu o mercado
Por Itaú Private Bank
IPCA-15 sobe 0,21% em outubro
Em geral, a composição da inflação ao consumidor permanece benigna e reforça o cenário de desinflação gradual à frente. Seguimos com a nossa projeção para o IPCA de 2023 em 4,9%.
PIB americano cresce 4,9% no terceiro trimestre de 2023
O Escritório de Análise Econômica (BEA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos divulgou a primeira estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2023. No período, o indicador avançou 4,9% na comparação trimestral, em termos anualizados, acima das projeções do mercado, que eram de um crescimento menos intenso, de 4,5%. Além disso, houve uma aceleração em relação ao crescimento no trimestre imediatamente anterior (2,1%).
O resultado refletiu, principalmente, a alta nos gastos dos consumidores, tanto em serviços quanto em bens. Ainda que seja a primeira leitura, feita com base em dados incompletos e os números ainda estejam sujeitos à revisão, a divulgação confirma as expectativas de um PIB forte no terceiro trimestre, ainda sem sinais de desaceleração econômica. Agora, as atenções se voltam para a divulgação da inflação mensurada pelo Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês), que acontece amanhã.
Banco Central Europeu (BCE) mantém juros inalterados
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter as taxas de juros inalteradas, em linha com as expectativas do mercado. Com isso, a taxa de refinanciamento permanece em 4,50%, a de depósitos em 4,00% e a de empréstimos em 4,75%.
Segundo o comunicado, as autoridades avaliam que, apesar da pressão sobre os preços seguir em patamar alto, a inflação arrefeceu consideravelmente em setembro. A expectativa do BCE é que as taxas permaneçam em nível elevado por período prolongado, e que sua manutenção por tempo suficientemente longo traga a inflação para a meta no longo prazo.
Assim, o BCE reforçou que as futuras decisões irão assegurar que as taxas fiquem em níveis suficientemente restritivos durante o tempo que for necessário e que as próximas decisões seguirão uma abordagem dependente dos dados, conforme a avaliação da dinâmica da inflação e dos dados econômicos e financeiros.
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