Nossa atualização do cenário macro para abril de 2025
Confira os destaques do bate-papo que teve a participação de Nicholas McCarthy, CIO do Itaú, e moderação de Arthur Carasso, head of Global Private Investment Specialists
Por Itaú Private Bank

Aconteceu na quarta-feira, 2, uma live exclusiva para os nossos clientes sobre o cenário macroeconômico local e internacional, além dos impactos nos mercados e investimentos. A conversa contou com a presença do Chief Investment Officer do Itaú, Nicholas McCarthy, e foi moderada por Arthur Carasso, head of Global Private Investment Specialists do Itaú Private Bank.
A seguir, confira os principais destaques do bate-papo:
Cenário internacional
- O cenário segue permeado de incertezas, especialmente em relação aos possíveis impactos das políticas econômicas do presidente americano Donald Trump.
- O Federal Reserve (Fed, banco central americano) pausou o ciclo de cortes de juros antes do esperado para avaliar o desempenho da economia e da inflação.
- Os riscos de uma desaceleração mais forte da economia aumentaram com as novas tarifas do governo de Donald Trump. Por enquanto, porém, não vemos risco de recessão.
- Além disso, o crescimento mais brando da economia americana deve amenizar os impactos inflacionários das tarifas impostas por Trump.
- Em destaque nas últimas semanas, a Europa e a China reforçaram o compromisso de oferecer suporte às suas respectivas economias.
- Além ajudar o crescimento no país, o pacote de estímulos alemão tem potencial para trazer impactos positivos para a comunidade europeia.
- O surgimento da DeepSeek fez com que as empresas americanas de tecnologia que estavam relativamente caras tivessem uma realização de lucros recentemente.
- Adiante, o movimento deve ser de uma realocação global de recursos, com o capital migrando dos EUA para outros países diante das incertezas com relação à economia americana.
- Com isso, a bolsa dos EUA pode voltar para a sua média histórica (ainda em patamar que garante proteção contra a inflação).
- Seguimos otimistas com a renda fixa americana, especialmente com títulos high yield (sem grau de investimento), devido às taxas de juros elevadas e de inadimplência abaixo da média histórica.
Cenário local
- O cenário econômico brasileiro foi marcado pelo impacto da desvalorização do dólar sobre ativos domésticos. O desafio fiscal, no entanto, continua.
- O PIB veio mais fraco do que o esperado, mas os dados apontam para um melhor desempenho nesse começo de ano.
- Com relação aos juros, o Banco Central sinalizou que a velocidade de aumento das taxas deve ser menos adiante, diante das expectativas de inflação dando alguns sinais de estabilização.
- A sinalização do Banco Central é positiva para as empresas brasileiras, tanto para a renda fixa quanto para a bolsa.
- Acreditamos que os juros vão permanecer em patamar elevador por tempo prolongado, possivelmente com cortes de juros apenas no próximo ano.
- O fluxo de investimentos estrangeiros no Brasil tem sido robusto nos últimos meses, o que indica um aumento do interesse em ativos brasileiros.
- A bolsa brasileira pode se beneficiar desse movimento global de saída de recursos dos EUA. Mesmo com os juros altos, é provável que a bolsa diminua o desconto em relação a sua média histórica, impulsionada pelo capital estrangeiro.
- Na renda fixa, seguimos otimistas com o juro real, que que combina rentabilidade em patamar historicamente elevado com a proteção inflacionária.
- A diversificação internacional segue sendo uma recomendação, principalmente ao considerar a importância de ter estratégias de longo prazo, e independentemente do nível do dólar.
Para assistir a live completa, fale com sua equipe de atendimento.
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