Novo arcabouço fiscal é aprovado na Câmara; PMIs apontam para atividade econômica mais fraca

No radar de mercado: No Brasil, novo arcabouço fiscal foi aprovado na Câmara; na zona do euro e nos EUA, o PMI frustrou as expectativas do mercado

Por Itaú Private Bank

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Crédito: Getty Images

Câmara dos deputados aprova proposta do novo arcabouço fiscal

A Câmara dos Deputados votou as mudanças feitas pelo Senado no projeto de lei 93/2023, que trata do novo arcabouço fiscal. O projeto substitui a regra do teto de gastos. Agora, o novo marco fiscal seguirá para a promulgação presidencial.

O Fundo Constitucional do Distrito Federal e o Fundo de Educação FUNDEB permaneceram excluídos do limite de gastos. No entanto, as despesas com pesquisa, tecnologia e inovação foram reincluídos no limite, conforme a proposta original. Por fim, também foi rejeitada a emenda que permitia ao governo usar uma estimativa de inflação anual para ampliar seu limite de gastos na elaboração da lei orçamentária de 2024. A versão final aprovada na Câmara considera a inflação acumulada em 12 meses encerrada em junho do ano anterior como referência para definir o limite de gastos em termos reais.

PMI da zona do euro mostra fraqueza da atividade econômica

O Índice dos Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro caiu de 48,6 para 47,0 pontos na prévia de agosto, abaixo das expectativas. Vale lembrar que resultados abaixo de 50 indicam retração da atividade. Com isso, o indicador sinaliza contração da atividade econômica no 3T.

O PMI da indústria avançou para 43,7, contra os 42,7 registrados em julho e acima das expectativas. Já o PMI de serviços recuou de 50,9 para 48,3, surpreendendo negativamente especialmente por conta da queda dos indicadores da Alemanha e França. Segundo a S&P Global, os preços de insumos subiram em ambos os setores e podem estar ligados a maiores pressões vindas de salários no caso do segmento de serviços.

No Reino Unido, o PMI composto também surpreendeu negativamente ao recuar de 50,8 para 47,9, com o indicador de manufatura passando de 45,3 para 42,5 no mês, abaixo do esperado, e serviços caindo para 48,7 pontos, de 51,5 do mês anterior.

Nos EUA, o PMI também frustrou as expectativas

O PMI composto dos EUA desacelerou de 52 para 50,4 no dado preliminar de agosto, patamar mais baixo nos últimos seis meses. O resultado veio abaixo do esperado pelo mercado.

O setor de serviços mostrou desaceleração mais intensa do que a esperada, passando de 52,3 para 51, enquanto o setor manufatureiro intensificou a retração, ao recuar de 49 para 47 em agosto. Segundo a S&P Global, as empresas têm relatado uma demanda mais fraca diante de preços altos e aumento das taxas de juros.

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