Payroll: criação de vagas nos EUA surpreende
No Radar do Mercado: criação de vagas nos EUA veio acima das expectativas; no Brasil, produção industrial também surpreendeu o mercado
Por Itaú Private Bank
Payroll: criação de vagas acelera nos EUA
O Payroll, relatório de folha de pagamentos do Departamento do Trabalho dos EUA, indicou a criação de 353 mil vagas em janeiro, acima do resultado de dezembro (que foi revisado hoje de 216 mil para 333 mil), e da projeção de mercado, que era de uma desaceleração (para 185 mil).
A taxa de desemprego seguiu em 3,7%, enquanto a expectativa do mercado era de uma alta, para 3,8%. Já a taxa de participação ficou em 62,5%, em linha com o esperado.
Os ganhos salariais por hora trabalhada subiram 0,6 % em janeiro, para 34,55 dólares. Nos últimos 12 meses, houve alta de 4,5%. Ambos os resultados ficaram acima do registrado no mês anterior e do esperado pelo mercado.
Nossa visão: a leitura mais forte do que as expectativas, tanto na criação de vagas quanto no crescimento dos salários, corrobora a estratégia sinalizada pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) de manutenção dos juros no patamar atual por mais tempo, reduzindo a probabilidade de um corte em março, quando acontece a próxima reunião de política monetária.
Produção industrial brasileira surpreende em dezembro
No Brasil, a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) de dezembro, que é divulgada pelo IBGE, apontou uma alta mensal de 1,1% na produção nacional, bem acima do esperado pelo mercado (0,3%). Frente a dezembro de 2022, a alta foi de 1,0%.
Somente uma das quatro grandes categorias econômicas recuou no mês: bens de capital. Já bens de consumo duráveis apontaram a maior alta em dezembro, interrompendo três meses consecutivos de queda na produção. Entre as atividades pesquisadas, apenas 10 das 25 recuaram. As influências mais positivas vieram da indústria extrativista e de produtos alimentícios.
Nossa visão: a produção industrial surpreendeu positivamente em dezembro. No quarto trimestre, a expansão foi de 1,2% tri/tri. Com isso, o nosso tracking para o PIB do 4T subiu para -0,1% t/t (+1,9% a/a). Olhando à frente, esperamos uma continuidade desta tendência de alta da indústria, puxada pelo setor extrativista.
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