PIB brasileiro do segundo trimestre supera as expectativas

No Radar do Mercado: o PIB brasileiro registrou forte crescimento no segundo trimestre do ano, superando as expectativas

Por Itaú Private Bank

3 minutos de leitura

No segundo trimestre de 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou crescimento de 1,4% em relação à leitura do trimestre anterior, que foi revisada para cima, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio acima da nossa expectativa e do mercado (em 1,0% e 0,9%, respectivamente). Na comparação anual, o crescimento foi de 3,3%.

Pela ótica da oferta, em relação à nossa projeção, a principal surpresa foi no setor de serviços, depois de registrar bom desempenho também no primeiro trimestre, com administração pública mais forte do que o esperado. O setor industrial cresceu, enquanto a agricultura recuou na margem.

Já pela ótica da demanda, o destaque ficou com o crescimento mais expressivo dos gastos do governo. O consumo das famílias seguiu com desempenho positivo, sustentado por um mercado de trabalho resiliente e pelo aumento da renda, bem como por um ambiente positivo para o crédito. O investimento, por sua vez, seguiu em recuperação de um patamar baixo e avançou na comparação trimestral, num contexto de importações elevadas de bens de capital e mercado de capitais aquecido.

Nossa visão: a leitura veio acima da nossa expectativa, com expansão do setor público, além de consumo resiliente e alguma recuperação do investimento. O aumento da renda, liderado por um mercado de trabalho resiliente, bem como o ciclo de crédito benigno e mercado de capitais aquecido, vem contribuindo para o forte crescimento do PIB. Adiante, esperamos alguma desaceleração ao longo do segundo semestre do ano, com menos estímulos fiscais e menor ajuda do ciclo de crédito. Projetamos um crescimento do PIB de 2,5% em 2024, mas mantemos um viés de alta para essa estimativa.

ISM de manufatura dos EUA segue em nível contracionista

O índice do Instituto de Gerência de Oferta (ISM, em inglês) de manufatura dos Estados Unidos avançou em agosto, de 46,8 para 47,2 pontos na leitura divulgada hoje, mas ligeiramente abaixo das expectativas do mercado. Vale lembrar que resultados abaixo de 50 indicam contração do setor.

O componente de preços avançou, enquanto novas encomendas recuaram, ambos abaixo de 50 pontos. Já o indicador de emprego registrou alta, mas também segue em patamar contracionista.

Nossa visão: a leitura novamente em patamar contracionista continua sugerindo um quadro de atividade fraca no setor industrial americano. Agora, as atenções se voltam para a divulgação da leitura do Payroll de agosto, que acontece na sexta-feira e trará mais detalhes sobre o mercado de trabalho americano.

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