Desemprego no Brasil repete mínima histórica em setembro

O IBGE divulgou nesta terça-feira, 30, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua indicando que a taxa de desemprego para o trimestre encerrado em agosto foi de 5,6%, em linha com a mediana das expectativas do mercado. O resultado também veio 1,0 ponto percentual abaixo do mesmo período de 2024 (6,6%). Na série com ajuste sazonal, a taxa de desemprego permaneceu estável em 5,7% frente ao trimestre encerrado em julho, mínima histórica.

A estabilidade da taxa de desemprego foi resultado da redução do emprego (-0,2% na variação mês contra mês, com ajuste sazonal, nos setores formal e informal) associada à redução da força de trabalho (-0,2% na mesma comparação). Já a taxa de participação diminuiu de 62,4% para 62,2%, (com ajuste sazonal), combinando a queda da força de trabalho com a expansão da população em idade ativa (0,1% na comparação mensal, com ajuste sazonal).

Na parte de rendimento, a massa salarial efetiva contraiu 0,2%, puxada tanto pela contração do emprego quanto pela redução do rendimento médio (-0,1% m/m, com ajuste sazonal), chegando a R$ 3.488 por trabalhador.

Nossa visão: os dados divulgados hoje apontam para um mercado de trabalho resiliente, mas com sinais incipientes de perda de fôlego. Diferentemente das divulgações anteriores, essa estabilidade foi sustentada pela queda na taxa de participação, já que tanto o emprego formal quanto o informal recuaram no mês, com o setor formal contraindo pela primeira vez desde setembro de 2023.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria da China registrou melhora no mês de setembro, saindo de 49,4 para 49,8, resultado acima da expectativa do mercado, que projetava alta para 49,6. A leitura abaixo de 50, no entanto, segue indicando contração no setor. No PMI não-industrial, que abrange os setores de serviços e construção, houve desaceleração de 50,5 para 50,1.

Na abertura dos dados do Departamento Nacional de Estatísticas (NBS), o destaque foi o avanço do índice de produção, que cresceu de 50,8 para 51,9, o que possivelmente está associado à antecipação da atividade ao feriado da Golden Week no início de outubro, período em que as atividades chinesas costumam ser substancialmente reduzidas.

Já o resultado do PMI medido pela RatingDog (antigo Caixin) avançou de 50,5 para 51,2 no industrial e registrou leve oscilação de 53,0 para 52,9 no componente não-industrial, contrastando com o resultado medido pelo NBS.

Nossa visão: os PMIs de setembro trouxeram sinais mistos para a economia chinesa. Enquanto as sondagens da indústria apontaram para melhora, serviços apresentaram desaceleração – ainda que em patamar expansionista. No geral, a leitura ainda sugere que parte da melhora recente pode ter caráter sazonal, mas aponta para uma resiliência no setor exportador.

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