Relatório Focus: alta na projeção da taxa Selic para 2024 e 2025

No Radar do Mercado: nova edição do Relatório Focus apontou variações nas projeções do mercado para variáveis macroeconômicas em 2024; no Reino Unido e na Zona do Euro, foram divulgados os PMIs de abril

Por Itaú Private Bank

4 minutos de leitura

O Banco Central divulgou hoje mais uma edição do Relatório Focus. De maneira geral, houve alta para todos os indicadores em 2024.

Na comparação com a semana anterior, a mediana das estimativas do IPCA registrou alta para 2024, para 3,73%, e para 2025, para 3,60%. A projeção seguiu inalterada para 2026 (em 3,50%). Vale lembrar que a meta do Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Com relação à atividade econômica, as estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) tiveram alta para 2024 (agora, em 2,02%) e permaneceram estáveis para 2025 e 2026, em 2,0% para ambos os anos.

No âmbito da política monetária, as projeções para a taxa Selic subiram 37 pontos-base para 2024 (para 9,50%) e 50 pontos-base para 2025 (para 9,00%). Já para 2026, permaneceram inalteradas, em 8,50%.

Por fim, a estimativa para a taxa de câmbio aumentou em todo o período analisado, para 2024 (para R$/US$ 5,00), para 2025 (a R$/US$ 5,05) e para 2026 (para R$/US$ 5,10).

PMI composto acelera na Zona do Euro e Reino Unido

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da Zona do Euro avançou de 50,3 para 51,4 pontos em abril, acima de 50, patamar que indica expansão da atividade. O resultado foi puxado pela aceleração do setor de serviços, que subiu para 52,9, acima das expectativas. Já o PMI de manufatura seguiu registrando queda, para 45,6, resultado abaixo da projeção do mercado.

No Reino Unido, a leitura foi semelhante à da Zona do Euro, com o PMI composto avançando de 52,8 para 54,0. O resultado também foi puxado pela alta no setor de serviços, para 54,9, enquanto o setor manufatureiro registrou queda para 48,7, em nível de contração da atividade.

Nossa visão: a leitura de abril sugere que a economia europeia entrou no segundo trimestre com dados sólidos de atividade. Ainda que consistentes com um nível de crescimento baixo, a aceleração de serviços indica recuperação no consumo das famílias.

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