Focus: após Copom, mercado reduz projeções do IPCA e da Selic para 2026

No Radar do Mercado: ainda à espera de mais informações sobre as projeções do Banco Central, mercado revisou estimativas para Selic e IPCA em 2026, além da inflação 12 meses à frente. Na China, PBoC opta pela manutenção da taxa de juros

Por Itaú Private Bank

4 minutos de leitura
tabela com os principais indicadores acompanhados pelo relatório Focus

Após a reunião do Copom da semana passada, o Banco Central divulgou nesta segunda-feira, 22, mais uma edição do Relatório Focus, registrando queda na projeção do IPCA e Selic para 2026. Para os demais indicadores, o relatório manteve as expectativas estáveis.

Em relação à inflação, a mediana das projeções do IPCA para 2025 se manteve em 4,83%, permanecendo acima do teto do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual ao redor da meta de 3,0% ao ano definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2026, a estimativa oscilou de 4,30% para 4,29%, enquanto a previsão para 2027 permaneceu em 3,90%. Já a expectativa para a inflação de 12 meses à frente, um indicador importante para o Copom, apresentou um recuo de 4,43% para 4,36%.

O relatório também registrou manutenção nas projeções do PIB para 2025 (2,16%), 2026 (1,80%) e 2027 (1,90%) e para o câmbio em 2025 (R$/US$ 5,50), 2026 (R$/US$ 5,60) e 2027 (R$/US$ 5,60). Já para a Selic, as expectativas se mantiveram em 15,00% a.a. para este ano, mas recuaram de 12,38% para 12,25% em 2026, enquanto seguiram em 10,50% em 2027.

China mantém juros parados

O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) decidiu manter inalteradas as principais taxas de juros de referência para empréstimos de curto e longo prazo em reunião finalizada nesta segunda-feira, 22. Com isso, a Loan Prime Rate (LPR) de 1 ano foi mantida em 3,0% e a LPR de 5 anos foi mantida em 3,5%. A decisão era amplamente esperada pelo mercado.

Nossa visão: novos estímulos serão necessários para estimular a demanda interna na China e se aproximar da meta de crescimento de “cerca de 5%” traçada pelo governo chinês para o ano. No entanto, os estímulos devem vir mais do lado fiscal do que do lado monetário, e cortes de juros, caso venham, devem ser mais limitados.

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