Taxa de desemprego cai no Brasil; PIB e inflação recuam na zona do euro

No Radar do Mercado: destaques de hoje são taxa de desemprego do Brasil, PIB e inflação na zona do euro, PMIs da China e decisão do Banco Central do Japão

Por Itaú Private Bank

5 minutos de leitura

Inflação e PIB recuam na zona do euro

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro apresentou uma queda de 0,1% no terceiro trimestre, segundo dados preliminares divulgados pelo escritório de estatísticas Eurostat. O resultado veio abaixo das expectativas, além de interromper a recuperação apresentada no trimestre anterior (0,2%).

Já a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) foi de 2,9% em outubro, na comparação anual, desacelerando em relação a setembro (4,3%) e ligeiramente abaixo das projeções do mercado. O núcleo da inflação, que exclui itens voláteis, como alimentos e energia, também recuou, de 4,5% para 4,2%, indicando sinais de alívio tanto nos preços de serviços quanto nos de bens. A dinâmica de atividade frágil e inflação em queda reforça o cenário de fim do ciclo de alta dos juros na região.

Taxa de desemprego cai para 7,7% no Brasil

A taxa de desemprego do Brasil ficou em 7,7% no trimestre encerrado em setembro, segundo a Pnad Contínua, em linha com as expectativas do mercado. Com ajuste sazonal, a taxa de desemprego também recuou, de 7,8% para 7,7%.

O movimento foi puxado por uma queda na taxa de participação. Também houve recuo do emprego nos setores formal e informal. A massa salarial real efetiva cresceu, impulsionada pelo aumento dos salários. Em nossa visão, os dados de setembro mostram sinais mistos, com a queda na taxa de participação e emprego, mas um aumento dos salários.

PMI da China fica abaixo do esperado em outubro

Na China, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) de manufatura foi de 49,5 pontos, desacelerando em relação a setembro e abaixo das expectativas do mercado, que eram de uma aceleração (de 50 para 50,2). A leitura abaixo de 50 pontos indica uma contração do setor.Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês), a fraqueza pode ser explicada, em partes, por fatores sazonais, especialmente o feriado da Semana Nacional no início do mês.

Já o PMI não-manufatureiro foi de 50,6 pontos, também desacelerando em relação a setembro e abaixo das expectativas (52). Tanto as atividades de serviços quanto de construção recuaram ao longo do mês, mas ainda em patamar que indica expansão. Em resumo, a leitura sinaliza uma desaceleração da atividade econômica, indicando uma perspectiva mais fraca para o Produto Interno Bruto (PIB) do 4º trimestre.

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