Brasil lidera com agricultura regenerativa e reforça papel na transição verde

EDIÇÃO #17

A edição desta semana do Radar ESG mostra como o Brasil vem consolidando seu papel como protagonista na agenda sustentável global. O país avança em projetos de agricultura regenerativa e biocombustíveis, enquanto instituições financeiras e reguladores reforçam o compromisso com práticas ambientais responsáveis. Na Europa, o Parlamento mantém a rigidez das regras de sustentabilidade corporativa, reforçando a importância da transparência e da diligência climática.

O Brasil deu um passo importante para posicionar sua agricultura como referência mundial em sustentabilidade.

Segundo a Exame, foi lançada a Rede de Inteligência em Agricultura e Clima (Riac), iniciativa que une seis centros de pesquisa: Agroicone, FDC Agroambiental, FGV Agro, Insper Agro Global, Instituto Equilíbrio e Ipam.

A rede tem o objetivo de fortalecer o modelo de agricultura tropical regenerativa, que combina ganhos econômicos e benefícios ambientais.

Um estudo do Insper Agro Global estima que apenas o Cerrado, responsável por 60% da produção agropecuária brasileira, pode gerar US$ 100 bilhões adicionais ao PIB com a adoção em larga escala desse modelo.

O ESG Today destacou que o Parlamento Europeu rejeitou um acordo que buscava flexibilizar a legislação sobre relatórios de sustentabilidade e due diligence.
A proposta, parte do pacote Omnibus I, previa simplificações na Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa (CSRD), na CSDDD e em outras normas climáticas da União Europeia.

A decisão foi vista como uma vitória para quem defende maior rigor na transparência das empresas, em um momento em que pressões políticas pedem menos exigências regulatórias. O resultado reforça a postura da Europa em manter padrões ambientais ambiciosos, mesmo diante de apelos por competitividade.

Estudo divulgado pelo UOL Ecoa aponta que o Brasil possui 100 milhões de hectares de pastagens degradadas que podem se tornar uma nova fronteira para a produção de biocombustíveis.

A estimativa é que parte dessas áreas, hoje de baixa produtividade, possa ser convertida em plantações para energia renovável, o que permitiria duplicar a produção de biocombustíveis até 2050.
A proposta inclui um uso equilibrado do território, entre reflorestamento, pastagens mais eficientes e cultivo de alimentos, reforçando o potencial do país como potência em energia limpa.

O Capital Reset revelou que o Banco Central bloqueou cerca de R$ 20 bilhões em operações de crédito rural nos últimos cinco anos, por irregularidades ambientais em quase 60 mil contratos.

O órgão explica que a medida não é punitiva, mas visa preservar a estabilidade do sistema financeiro, já que riscos ambientais e climáticos podem afetar diretamente o crédito.

Hoje, o BC mantém um “birô verde” que cruza informações sobre conformidade ambiental antes da liberação de operações, um mecanismo que vem ganhando destaque no esforço nacional de integrar sustentabilidade ao sistema financeiro.

Além das notícias da semana, você confere no Radar ESG os principais índices de sustentabilidade, incluindo benchmarks globais e brasileiros, assim como dados sobre títulos verdes e setores ligados à transição energética.

A tabela apresenta uma visão consolidada dos índices que refletem diferentes abordagens dentro da agenda ESG, desde desempenho corporativo sustentável até indicadores de baixa emissão de carbono e clima.

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