Vulnerabilidade climática, corais em colapso e investimentos de impacto em alta

EDIÇÃO #15

A edição desta semana do Radar ESG destaca os impactos desiguais das mudanças climáticas, os riscos crescentes para os ecossistemas marinhos e o papel do mercado financeiro na busca por soluções sustentáveis. Enquanto o planeta enfrenta sinais de alerta, o interesse por investimentos de impacto cresce, mostrando que há espaço para alinhar retorno financeiro e propósito.

De acordo com um levantamento publicado pelo Valor International, as populações mais vulneráveis, especialmente em países em desenvolvimento, são as que mais sofrem com os efeitos das mudanças climáticas.

Comunidades de baixa renda, que dependem diretamente de recursos naturais, enfrentam riscos crescentes diante de secas, inundações e tempestades cada vez mais intensas. O relatório também mostra que a desigualdade econômica e social amplia esses impactos, atingindo de forma desproporcional mulheres, crianças e idosos.

Especialistas defendem ações urgentes de mitigação e adaptação, como investimentos em infraestrutura resiliente e políticas públicas inclusivas.

Segundo a Time, os recifes de coral ao redor do mundo atingiram um ponto crítico em razão do aquecimento global. O aumento das temperaturas oceânicas tem provocado branqueamento em massa, comprometendo a capacidade de regeneração dos corais e ameaçando toda a biodiversidade marinha associada.

Esse fenômeno também afeta diretamente comunidades costeiras que dependem dos recifes para pesca, turismo e proteção natural contra tempestades. Sem uma redução significativa nas emissões de gases de efeito estufa, pesquisadores alertam que esses ecossistemas podem desaparecer nas próximas décadas.

O Global Impact Investing Network (GIIN) divulgou um relatório que mostra o avanço consistente dos investimentos de impacto, mesmo diante de inflação alta e incertezas econômicas.

O setor atingiu um novo marco, com investidores priorizando projetos que geram benefícios ambientais e sociais mensuráveis, além de retorno financeiro. A pesquisa também reforça a necessidade de padronizar métricas de impacto para atrair mais investidores institucionais e fortalecer a credibilidade do segmento.

Especialistas acreditam que o crescimento do setor reflete uma mudança estrutural no mercado financeiro, com mais empresas e indivíduos buscando alinhar seus investimentos com valores éticos e sustentáveis.

Durante uma conferência global sobre o clima, ministros das Finanças apresentaram propostas para destravar o financiamento de ações sustentáveis. Conforme reportado pelo Capital Reset, as discussões incluíram a criação de novos instrumentos financeiros, como títulos verdes e fundos internacionais, e a ampliação do papel dos bancos multilaterais de desenvolvimento.

Os líderes reforçaram a importância de parcerias público-privadas para impulsionar investimentos em infraestrutura verde e energias renováveis, além de destacar a urgência de reformar o sistema financeiro global para facilitar o acesso de países em desenvolvimento a recursos climáticos.

Além das notícias da semana, você confere no Radar ESG os principais índices de sustentabilidade, incluindo benchmarks globais e brasileiros, assim como dados sobre títulos verdes e setores ligados à transição energética.

A tabela apresenta uma visão consolidada dos índices que refletem diferentes abordagens dentro da agenda ESG, desde desempenho corporativo sustentável até indicadores de baixa emissão de carbono e clima.

O que achou deste conteúdo?

Clicando aqui, você pode deixar o seu feedback mais detalhado!