Como o Brasil pode transformar lixo em motor econômico
E mais: incêndios fora de época na Califórnia, o mercado trilionário das finanças mistas e os próximos passos dos investimentos sustentáveis no Brasil | Radar ESG
Por Comunicação Itaú Asset
EDIÇÃO #6

A edição do Radar ESG desta semana traz temas que conectam impacto ambiental, oportunidade econômica e novas abordagens no financiamento da transição. Enquanto o lixo urbano continua sendo um desafio no Brasil, um novo estudo mostra que ele pode virar vetor de desenvolvimento.
Nos Estados Unidos, o avanço da mudança climática está antecipando (e prolongando) a temporada de incêndios. Também ganham espaço no debate as finanças mistas como alternativa para destravar recursos e o papel dos investimentos sustentáveis no Brasil. Confira:
Mudança climática antecipa temporada de incêndios na Califórnia
Segundo estudo publicado pela PBS, a temporada de incêndios florestais na Califórnia está começando cada vez mais cedo. O motivo? A combinação entre aquecimento global, derretimento antecipado da neve, seca e vegetação mais vulnerável. Em algumas regiões, o início da temporada foi antecipado em até 46 dias em relação à média histórica.
Os pesquisadores destacam que a mudança climática tem tido peso mais decisivo nessa tendência do que o manejo florestal ou ações humanas isoladas. O alerta é que, se nada for feito, o risco é termos uma temporada de incêndios praticamente contínua ao longo do ano, exigindo mudanças nas estratégias de prevenção e combate ao fogo.
Finanças mistas: um mercado de US$ 4 trilhões voltado à sustentabilidade
Um estudo do Boston Consulting Group, divulgado pelo Valor, estima que bancos e instituições financeiras podem acessar um mercado global de US$ 4 trilhões por meio das finanças mistas, instrumentos que combinam capital público ou filantrópico com capital privado para viabilizar projetos sustentáveis com melhor relação risco-retorno.
A prática tem ganhado força em áreas como infraestrutura verde, energia limpa e desenvolvimento social, e pode representar uma via para ampliar a atuação dos bancos além do crédito tradicional. Para isso, será essencial construir produtos bem estruturados, formar parcerias com organismos multilaterais e adotar métricas de impacto transparentes.
O lixo que o Brasil descarta pode valer muito
O Brasil gera mais de 77 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos por ano, mas ainda trata boa parte deles como problema, e não como oportunidade. De acordo com reportagem da Exame, cerca de 33 milhões de toneladas são descartadas de forma inadequada e apenas 2,2% dos resíduos são efetivamente reciclados.
O artigo destaca que, com investimento em infraestrutura, incentivos à economia circular e políticas públicas eficazes, esse passivo ambiental pode se transformar em um motor econômico. O Plano Nacional de Resíduos Sólidos prevê elevar o índice de recuperação para 50% até 2040, o que poderia reduzir os custos do setor em mais de 80%. Energia, insumos, empregos — o lixo pode ser tudo isso, se bem aproveitado.
Itaú Asset reforça compromisso com investimentos sustentáveis
Durante a Climate Week Brasil, a Itaú Asset participou de dois painéis sobre o avanço dos investimentos sustentáveis no país. Como mostra a cobertura completa feita no blog, a gestora abordou temas como a integração de critérios ESG na alocação de recursos, inovação em produtos e a ampliação da oferta de instrumentos sustentáveis, tanto em renda variável quanto em crédito corporativo.
A participação reforçou o papel da Itaú Asset como agente ativo na transição climática, com ambição de desenvolver soluções que alinhem demanda de investidores e compromissos ambientais e sociais.
Acompanhe também os principais índices ESG
A tabela apresenta uma visão consolidada dos índices que refletem diferentes abordagens dentro da agenda ESG, desde desempenho corporativo sustentável até indicadores de baixa emissão de carbono e clima.

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