Da COP30 ao transporte marítimo: o que está no radar climático

Radar ESG: confira os destaques ESG que merecem sua atenção esta semana

Por Comunicação Itaú Asset

5 minutos de leitura

EDIÇÃO #8

Capa do Radar ESG, com fundo na cor azul claro

A edição desta semana do Radar ESG traz quatro perspectivas sobre como diferentes setores e atores estão se posicionando diante da crise climática. O presidente da COP30 faz um chamado direto por compromissos mais ambiciosos, enquanto o transporte marítimo apresenta caminhos para reduzir emissões em escala global. Também acompanhamos o avanço do financiamento em energia renovável no Brasil e a movimentação do setor de seguros para atuar na linha de frente da adaptação.

Confira os destaques:

Um chamado global por metas mais ambiciosas

Em matéria da Agência Brasil, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, fez um apelo claro aos países: atualizem suas NDCs (contribuições nacionalmente determinadas) até 25 de setembro. A data é fundamental para que a ONU possa compilar e avaliar os compromissos climáticos em vigor antes da conferência.

Até agora, o número de atualizações entregues está aquém do necessário. Grandes emissores como China e União Europeia ainda não se manifestaram, e os Estados Unidos seguem sem uma posição clara desde a saída do Acordo de Paris. O Brasil, por sua vez, vem se mobilizando internamente e na diplomacia para garantir que a COP em Belém avance em direção a metas concretas de cooperação internacional, desenvolvimento e equidade climática.

Transporte marítimo acelera a transição

De acordo com reportagem do Valor Econômico, o setor de transporte marítimo pode reduzir suas emissões em até 61% até 2050. As metas seguem as diretrizes da Organização Marítima Internacional (IMO), que já prevê uma redução de 40% até 2030 e o uso de combustíveis quase livres de carbono em ao menos 5% da energia utilizada já na próxima década.

As medidas devem entrar em vigor a partir de 2027 e envolvem mecanismos como precificação de carbono, remodelagem da infraestrutura logística e estímulos à inovação tecnológica. Se bem implementado, o setor pode se tornar um modelo de descarbonização econômica em escala global, com forte efeito sobre cadeias de suprimento e comércio internacional.

Energia renovável recebe novo impulso no Brasil

Segundo análise publicada pela Exame, o financiamento para projetos de geração renovável no Brasil atingiu R$ 32,5 bilhões em 2024, o maior valor já registrado. O crescimento foi de 6,5% em relação ao ano anterior.

A energia solar voltou a liderar os investimentos, tanto em usinas de grande porte quanto em geração distribuída. A energia eólica perdeu espaço, refletindo uma mudança de liderança setorial. Um dado que chama atenção é o aumento no uso de recursos do mercado de capitais, sinal de que o setor está se tornando mais atrativo e confiável para investidores. Isso fortalece a agenda de transição energética e mostra que o setor avança de forma mais estruturada.

O setor de seguros como ferramenta de adaptação

O site da CNseg destacou como o setor de seguros está se reposicionando diante das mudanças climáticas. A proposta é ampliar o papel dos seguros verdes como instrumentos de adaptação e proteção em um cenário de eventos climáticos mais frequentes e severos.

Entre as iniciativas da confederação estão a criação de apólices público-privadas para cobertura de catástrofes climáticas e a atualização das taxonomias verdes utilizadas pelo setor. Além da proteção financeira, a CNseg defende que o seguro contribua para inovação, inclusão e resiliência climática, atuando como parceiro estratégico na transição.

Acompanhe também os principais índices ESG

Além das notícias da semana, você confere no Radar ESG o acompanhamento dos principais índices de sustentabilidade, incluindo benchmarks globais e brasileiros, além de dados sobre títulos verdes e setores ligados à transição energética.

A tabela apresenta uma visão consolidada dos índices que refletem diferentes abordagens dentro da agenda ESG, desde desempenho corporativo sustentável até indicadores de baixa emissão de carbono e clima.

Fonte: Bloomberg | Data: 27 de agosto de 2025
Fonte: Bloomberg | Data: 27 de agosto de 2025

O que achou deste conteúdo?

Clicando aqui, você pode deixar o seu feedback mais detalhado!

Confira outras edições do Radar ESG

A dieta dos bois, o calor na Europa e os desafios de medir impacto

Radar ESG: o que conectou clima, tecnologia, pecuária e investimento na agenda ESG de [...]

Como o Brasil pode transformar lixo em motor econômico

E mais: incêndios fora de época na Califórnia, o mercado trilionário das finanças mis [...]

O que o aquecimento global está fazendo com o seu cérebro?

E mais: as soluções brasileiras rumo à COP30, os países mais expostos a riscos climát [...]