Das decisões de juros dos EUA e Brasil ao recorde do ouro

O Radar Beta da semana destaca os sinais dos bancos centrais, o avanço dos ETFs e o papel do ouro como proteção

Por Comunicação Itaú Asset

3 minutos de leitura

EDIÇÃO #115

Capa do Radar Beta, com fundo na cor azul escuro

O Radar Beta desta semana traz decisões importantes no cenário monetário global. O Federal Reserve cortou os juros ao menor nível dos últimos três anos, enquanto o Banco Central brasileiro manteve a Selic em 15%. O mercado também viu os ETFs superarem fundos tradicionais em captação, e o ouro ultrapassar seu recorde histórico ajustado pela inflação.

Confira os destaques:

Fed corta juros e sinaliza caminho mais suave à frente

Em sua última reunião, o Federal Reserve anunciou um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros, levando a faixa-alvo para 4% a 4,25% — o menor patamar desde 2022. Segundo análise da CNBC, o Fed indicou mais dois cortes ainda em 2025, além de um em 2026 e outro em 2027, levando a taxa a um nível próximo de 3%, considerado “neutro” pela autoridade monetária.

O presidente do Fed, Jerome Powell, descreveu o movimento como uma decisão de “gestão de risco”, reconhecendo os sinais de desaceleração econômica. A resposta do mercado foi positiva: o Dow Jones fechou em alta e os títulos do Tesouro americano registraram valorização nos prazos mais longos. Ainda assim, o comitê manteve cautela em relação a 2028, para quando não há cortes previstos.

Para investidores que acompanham os desdobramentos de política monetária nos EUA, fundos como o T10R11e ETFs de renda fixa internacional estão diretamente conectados a esse tema.

ETFs ultrapassam fundos tradicionais em captação

Os ETFs deixaram de ser coadjuvantes no mercado brasileiro. Segundo matéria do E-Investidor, esses fundos negociados em bolsa captaram R$ 5 bilhões entre janeiro e agosto de 2025, ultrapassando fundos de ações, multimercados, cambiais e previdenciários.

O crescimento tem sido impulsionado por investidores de alta renda, que buscam alternativas mais diversificadas e com eficiência de custo. Além da diversificação automática, os ETFs oferecem tributação simplificada (15% sobre ganho de capital, independentemente do prazo), liquidez e acesso prático a diferentes mercados.

Entre os produtos relacionados a esse movimento estão B5P211, DIVO11 e SPXR11, que permitem exposição a diferentes classes de ativos e geografias.

Ouro atinge novo recorde ajustado pela inflação

De acordo com a Seeking Alpha, o ouro ultrapassou sua máxima histórica ajustada pela inflação, registrada em 1980. A valorização tem sido puxada por preocupações com a estabilidade fiscal dos EUA, tensões geopolíticas e o papel do ouro como reserva de valor.

Os preços à vista subiram cerca de 5% no mês e acumulam quase 40% de alta no ano. O movimento atual tem sido mais estável do que o pico e colapso de 1980, sustentado por uma base mais ampla de investidores — institucionais, varejo e bancos centrais. As reservas em cofres de Londres, por exemplo, já ultrapassam US$ 1 trilhão.

Fundos como Golde Gold USD são alternativas para quem busca exposição ao metal no contexto atual.

Copom mantém Selic e reforça tom de cautela

O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu manter a Selic em 15% ao ano pela segunda reunião consecutiva. A matéria da Exame destaca que a decisão foi unânime e amplamente antecipada pelo mercado.

O comunicado do Copom manteve o tom da reunião anterior, afirmando que, diante da incerteza elevada, é necessário cautela na condução da política monetária. O BC afirmou que seguirá avaliando se a manutenção da taxa atual por um período prolongado será suficiente para garantir a convergência da inflação à meta.

A sinalização reforça o papel da renda fixa como instrumento de preservação e retorno em momentos de estabilidade prolongada de juros.

Confira a performance dos principais fundos indexados da Itaú Asset

Fonte: Bloomberg | Data: 18 de setembro de 2025
Fonte: Bloomberg | Data: 18 de setembro de 2025

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