Ouro em alta, dividendos na carteira e Brasil no foco

Os destaques do Radar Beta da semana mostram como o cenário tem favorecido estratégias de proteção, geração de renda e posicionamento local

Por Comunicação Itaú Asset

3 minutos de leitura

EDIÇÃO #111

Capa do Radar Beta, com fundo na cor azul escuro

A edição desta semana do Radar Beta destaca movimentos de mercado que reacenderam o interesse por proteção e geração de renda. O ouro voltou a ganhar espaço com a alta volatilidade global, enquanto os ETFs de inflação aparecem como alternativa para quem busca manter o poder de compra.

Também trouxemos uma análise sobre os dividendos como estratégia de longo prazo e a nova recomendação do BTG, que passou a defender mais exposição ao Brasil. Boa leitura!

ETFs de inflação e seus investimentos

A busca por formas mais práticas e eficientes de proteger o patrimônio da inflação fez crescer o interesse pelos ETFs que replicam índices ligados ao Tesouro IPCA+. A reportagem do InfoMoney explica que esses fundos permitem exposição a uma cesta diversificada de títulos públicos indexados ao IPCA, como o IMA-B, com liquidez diária e sem a necessidade de reinvestir cupons manualmente.

A proposta é simplificar o acesso ao juro real, sem as amarras do Tesouro Direto, como a taxa de custódia de 0,2% ao ano e a exigência de comprar e acompanhar cada título individualmente. Com os ETFs, o investidor compra uma única cota que já reflete um mix de papéis com diferentes vencimentos. Isso ajuda a suavizar a volatilidade e a tornar a alocação mais equilibrada.

Segundo Otávio Araújo, da Zero Markets, os ETFs são vantajosos para quem quer exposição à renda fixa sem se preocupar com os detalhes operacionais da gestão. As taxas de administração variam de 0,19% a 0,50% ao ano, mas, para muitos investidores, o ganho de eficiência e praticidade pode compensar esse custo.

Procurando dividendos?

Uma matéria da Suno apresenta os motivos para considerar ETFs focados em dividendos na carteira. O primeiro é a diversificação automática: com uma única cota, o investidor acessa diversas empresas pagadoras de dividendos. O segundo é a praticidade, já que os ETFs consolidam os pagamentos e simplificam o controle de datas.

O texto também destaca que esses fundos costumam incluir empresas mais resilientes e com fluxo de caixa estável. O ETF DIVD11, que segue o índice IDIV, distribui dividendos mensalmente e historicamente apresentou volatilidade menor que a do Ibovespa. Além da renda recorrente, esses ETFs também podem gerar ganhos com a valorização das cotas.

Corrida ao ouro

Segundo matéria do Valor Econômico, o ouro voltou a atrair os olhos dos investidores em 2025. Fundos temáticos voltados ao metal registraram um crescimento de 223% no patrimônio e 147% no número de cotistas, reflexo do cenário de incerteza e alta volatilidade.

Apesar da forte demanda, especialistas alertam para o risco de exageros. Renato Eid, da Itaú Asset, recomenda manter disciplina e alocar entre 1% e 3% do portfólio em ouro, evitando o chamado FOMO. O metal continua sendo visto como instrumento de proteção, mas precisa ser incorporado com cautela, considerando expectativas e custos.

Entre os fundos relacionados ao tema está o Gold, que busca acompanhar a variação do preço do ouro.

BTG recomenda “comprar Brasil”

De acordo com o eInvestidor, o BTG Pactual elevou sua recomendação para ações brasileiras, passando de neutra para overweight. A mudança foi motivada por dados que sugerem o fim do ciclo de juros restritivos e a possibilidade de cortes mais cedo e mais intensos do que o mercado previa.

A curva de juros já precifica reduções de até 270 pontos-base até 2028, e a surpresa positiva com a inflação reforçou o otimismo. Para aumentar sua exposição ao Brasil, o banco reduziu posição no México e ajustou sua carteira latino-americana. O movimento indica uma leitura mais confiante sobre o cenário doméstico.

Para quem acompanha o movimento de maior otimismo com o mercado local, ETFs como BOVV11, DIVO11 e SMAC11 oferecem exposição a diferentes recortes da bolsa brasileira.

Confira a performance dos principais fundos indexados da Itaú Asset

Fonte: Bloomberg | Data: 20 de agosto de 2025
Fonte: Bloomberg | Data: 20 de agosto de 2025

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