Renda fixa para proteger o bolso, cripto em alta e juros no radar

Os movimentos e assuntos mais relevantes da semana: de como escolher um bom ETF às novas apostas no corte de juros americano

Por Comunicação Itaú Asset

3 minutos de leitura

EDIÇÃO #109

Capa do Radar Beta, com fundo na cor azul escuro

O Radar Beta desta semana mostra como os criptoativos vêm ganhando confiança dentro das instituições financeiras, o que observar na hora de escolher um ETF, os caminhos para proteger o poder de compra com renda fixa e os sinais que voltaram a colocar o Fed sob os holofotes.

Vem conferir os destaques:

Criptoativos ganham espaço no mercado tradicional

Apesar da cautela ainda presente em parte dos investidores, os criptoativos estão ganhando cada vez mais tração dentro do sistema financeiro tradicional. Segundo reportagem do Valor Econômico, o primeiro semestre de 2025 consolidou a tendência de convergência entre o universo cripto e os grandes bancos, com mais de 50 fundos com exposição a criptoativos registrados na CVM — sendo que três dos dez maiores em número de cotistas são de instituições financeiras com perfil mais conservador.

Um exemplo é o ETF BITI11, lançado pelo Itaú em 2022. Como destacou Caíque Cardoso, da Itaú Asset, o amadurecimento do setor e o papel dos criptoativos na diversificação de portfólios foram determinantes para a expansão da oferta, que hoje já inclui fundos abertos e previdenciários. Ainda assim, o setor segue exigindo atenção, especialmente diante do cenário regulatório em constante evolução no Brasil e no exterior.

Para quem deseja acompanhar o avanço dos criptoativos no mercado tradicional, já existem fundos que permitem essa exposição com estrutura e acessibilidade, como o BITI11.

Como escolher um ETF? Os detalhes fazem toda a diferença

Com o crescimento da oferta de ETFs no Brasil, entender o que olhar na hora de escolher um fundo se tornou essencial. Em artigo publicado no TudoETF, especialistas explicam que vai muito além da taxa de administração. É preciso considerar aspectos como composição da carteira, diversificação, liquidez dos ativos subjacentes e a atuação do formador de mercado.

A publicação destaca, por exemplo, o caso do BOVV11, que superou o Ibovespa em mais de 2% nos últimos três anos graças à estratégia de aluguel dos ativos da carteira — um detalhe muitas vezes ignorado por investidores. Já o DIVO11, que também atua nesse modelo, combina geração de renda com boa diversificação. A dica é clara: os melhores ETFs são aqueles que alinham eficiência com os seus objetivos pessoais.

Exemplos como o BOVV11 e o DIVO11 mostram como estratégias diferentes dentro do universo dos ETFs podem se alinhar a objetivos distintos.

ETFs atrelados ao IPCA ganham força com a busca por ganhos reais

Com a inflação acima da meta e incertezas no cenário econômico, proteger o poder de compra passou a ser prioridade. De acordo com o Valor Investe, ETFs de renda fixa atrelados ao IPCA, como o IMAB11 e o B5P211, se tornaram uma porta de entrada prática para investidores que buscam ganhos reais, acima da inflação, com acessibilidade e diversificação.

Esses fundos replicam carteiras de títulos públicos federais indexados à inflação, com diferentes perfis de prazo. Em julho, o IPCA-15 avançou para 0,33%, acumulando alta de 3,40% no ano. Já o Boletim Focus projeta inflação de 5,09% para 2025, acima do teto da meta. Nesse cenário, os ETFs IPCA+ oferecem uma alternativa eficiente para quem quer manter sua carteira protegida da corrosão inflacionária.

Apostas em corte de juros nos EUA crescem após dados de emprego

O cenário de juros nos Estados Unidos voltou a ganhar força nas projeções do mercado financeiro após a divulgação do último relatório de empregos (payroll). Segundo o InfoMoney, os investidores passaram a ver como principal hipótese a retomada dos cortes na taxa básica pelo Federal Reserve (Fed) já a partir de setembro, com possibilidade de redução acumulada de 0,5 ponto percentual até o fim do ano.

A chance de um corte de 25 pontos-base em setembro saltou de 41% para 55,3% após a divulgação do payroll. Com isso, a opção de manter os juros se tornou secundária, com probabilidade caindo de 59% para 44,7%. Já a perspectiva de um corte total de 50 pontos-base até dezembro passou de 34,1% para 41,9%, tornando-se a projeção mais provável. Também aumentou a chance de uma redução maior, de 75 pontos-base, que subiu de 9% para 17,6%.

Do lado dos dados, o payroll mostrou a criação de 73 mil empregos, número abaixo do esperado. A taxa de desemprego, no entanto, veio dentro do previsto. O relatório também trouxe fortes revisões para baixo nos números de maio e junho, com exclusão combinada de 258 mil empregos, um dado que reforçou a reavaliação do mercado sobre a trajetória dos juros.

O investidor que acompanha o cenário internacional pode encontrar opções que replicam o desempenho de mercados como o dos EUA, como o SPXI11, SPXR11 e TECK11.

Confira a performance dos principais fundos indexados da Itaú Asset

Fonte: Bloomberg | Data: 6 de agosto de 2025
Fonte: Bloomberg | Data: 6 de agosto de 2025

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