Perspectivas 2024: destaques do painel de crédito e renda fixa

Confira um resumo do painel “crédito e renda fixa: um olhar frente às expectativas, seus reflexos e potenciais” que aconteceu no evento Perspectivas 2024

Por Itaú Asset

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Imagem ilustrativa do artigo Perspectivas 2024: destaques do painel de crédito e renda fixa
Crédito: Cauê Diniz

Realizamos na terça-feira, 5 de dezembro, o evento Perspectivas 2024, encontro anual em que os nossos gestores discutem insights, expectativas macroeconômicas e trazem as principais oportunidades e desafios para o mercado de investimentos no próximo ano.

O segundo painel do evento, “Crédito e renda fixa: um olhar frente às expectativas, seus reflexos e potenciais”, foi moderado por Pedro Boinain, CIO da Itaú Asset Core. O bate-papo contou com um time de profissionais que gerem em conjunto mais de 400 bilhões de reais:

  • Fayga Delbem, Head de Crédito Core da Itaú Asset,
  • Sergio Goldstein, Crédito Estruturado da Itaú Asset,
  • Andrew Woods, Gestor Itaú Legend e família Global Dinâmico, e
  • Leonardo Baumert, Gestor Itaú Lumina e IPCA Action.

Abaixo, confira um resumo dos destaques da conversa:

Perspectivas de política monetária e renda fixa

  • Para Baumert e Woods a visão é moderadamente otimista para 2024.
  • O cenário é de uma inflação benigna e favorável nos núcleos, um ambiente externo com uma virada muito importante e reversão na curva de juros americana.
  • Se o Federal Reserve entregar os cortes previstos para o próximo ano, a contribuição para os ativos brasileiros deve ser positiva.
  • Há espaço para ganhos em renda fixa, mas que tendem a ser mais moderados na comparação com ciclos semelhantes ao atual.
  • O otimismo é, em especial, com a renda fixa prefixada e com juro real, particularmente na parte curta, que tende a performar muito bem em momentos como o atual, de queda na Selic.

Perspectivas para o crédito privado

  • Para Fayga, entraremos em 2024 com muitas oportunidades no mercado de crédito, que evoluiu em maturidade ao longo do tempo.
  • Três fatores corroboram a perspectiva: a queda na taxa de juros, mas ainda em patamares atrativos, os spreads atrativos, ainda que com dispersão em termos de papéis e setores, e a retomada na captação, que acontece após os cinco primeiros meses de resgates expressivos.
  • Cabe ao gestor atuar com muita seletividade e diversificação para compor o portfólio do fundo (olhando o fundamento das empresas, geração de caixa, entre outros fatores) e cabe ao investidor selecionar bons gestores.

Perspectivas para o crédito estruturado

  • Para Goldstein, a diversificação e a capacidade de aproveitar as oportunidades que surgiram no começo do ano garantiram o sucesso da estratégia em 2023 na Itaú Asset;
  • No crédito, também há destaque pelos ativos que o gestor deixa de comprar;
  • Estamos entrando em um cenário mais positivo para o crédito, mas é preciso cautela. Com gestão, seletividade e diversificação, será possível entregar bons resultados.

Vantagens da gestão profissional para o investidor

  • Baumert: a grande vantagem da gestão profissional é a capacidade de acessar mais instrumentos e geografias com facilidade e aproveitar melhor os excessos de preço de mercado.
  • Fayga: o investidor profissional consegue ter acesso a operações que o mercado não vê, ou seja, a gestão profissional consegue ser mais seletiva, ter carteiras pulverizadas, diversificadas em setores e emissores, além de monitorar melhor os riscos.
  • Woods: a gestão profissional captura melhor o alfa ao entrar e sair de operações com mais facilidade, diversificar instrumentos, e posicionar a carteira para diferentes cenários.
  • Goldstein: os fundos estão mais bem preparados para avaliar uma concessão de crédito, algo que o investidor individual tem mais dificuldade para realizar com qualidade.

Setores e posições no radar dos gestores para 2024

  • No crédito estruturado, o momento é de satisfação com o portfólio atual. Em setores, o destaque é o agronegócio (optando por duration menor e boas garantias de proteção diante de um setor volátil);
  • No crédito privado, momento é de retomada em empresas de boa qualidade, com destaque para ofertas nos setores de educação e saneamento;
  • O setor de infraestrutura é destaque tanto de crédito estruturado quanto privado, sendo uma classe considerada resiliente, com fundos isentos de IR, além de oferecer uma combinação de spread de crédito com taxa de juros em bom patamar;
  • Na renda fixa, otimismo é maior com o trecho curto da curva prefixada, além de juro real, dado o nível das inflações implícitas. O momento é de esperar oscilações de preço para fazer posições maiores;
  • Destaque para a estratégia de flattening da curva (aplicando na parte longa e tomando na parte curta), que pode gerar um alfa mais fácil de capturar com uma gestão profissional em um fundo de investimento do que como investidor individual.

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