Alteramos nossa alocação na carteira internacional

Divulgamos nesta quarta-feira, 14, as perspectivas e estratégias do nosso Comitê de Investimentos, que se reúne mensalmente para decidir as alocações táticas das carteiras-modelo baseadas no cenário macroeconômico global. Desta vez, alteramos nossa alocação na carteira internacional.

Entenda a seguir a nossa avaliação do cenário e dos mercados:

• A incerteza segue alta no cenário global em meio às idas e vindas da política tarifária. O acordo entre China e EUA anunciado no começo desta semana surpreendeu positivamente, mas continuamos acreditando que o crescimento do PIB americano será menor do que o do ano passado.

• Agora, o governo Trump deve se concentrar em acordos com outros parceiros importantes, como a Europa e o Japão. Demais países estão na faixa de tarifas recíprocas de 10% e sofrem menos com o peso delas, mas também devem abrir negociações.

• A discussão sobre a tendência do dólar também foi retomada, com certo questionamento sobre o consenso de que a moeda americana perderá valor. Mesmo com a melhor perspectiva nos EUA, concentrar todos os investimentos em ativos americanos nos parece questionável.
• Na China, a desescalada da guerra comercial com os EUA ajuda a reduzir os riscos de desaceleração na atividade vinda do setor exportador. Por outro lado, o governo tem menos incentivo para fornecer estímulos mais fortes à economia .

• A evolução do cenário internacional tem resultado em uma taxa de câmbio mais apreciada no Brasil, bem como em menores preços de commodities em real, o que alivia a inflação no curto prazo.
• A atividade econômica segue sólida, mas deve mostrar sinais mais claros de desaceleração no segundo semestre, refletindo o impacto do aperto monetário e o menor impulso fiscal.
• Entendemos que o Banco Central pode ter encerrado o ciclo de altas na última reunião, mas, caso continue, uma eventual alta na próxima reunião seria menor, de 0,25 ponto percentual apenas.

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