Arrecadação federal cresce acima do esperado em janeiro
No Radar do Mercado: a arrecadação federal de impostos cresceu acima do esperado em janeiro; na China, preços dos imóveis em janeiro seguem em patamar negativo
Por Itaú Private Bank
Arrecadação federal cresce acima do esperado em janeiro
A arrecadação de impostos alcançou R$ 280,6 bilhões em janeiro, uma alta de 6,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado, em termos reais, segundo dados da Receita Federal. O resultado ficou um pouco acima das expectativas (R$ 279,0 bilhões), acelerando frente ao mês de dezembro.
Todas as linhas de receitas melhoraram este mês. A arrecadação sobre fundos de investimentos exclusivos, aprovada no Congresso no ano passado, somou R$ 4,1 bilhões em janeiro. Além disso, houve recolhimentos atípicos de Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das empresas, que contribuíram com R$ 4,0 bilhões este mês.
Nossa visão: em geral, a arrecadação tem mostrado recuperação nos últimos meses, com alguma melhora nas receitas de lucros corporativos, folha de pagamentos e um retorno parcial dos impostos sobre combustíveis. O resultado de janeiro pode trazer algum alívio para as contas públicas no curto prazo, mas ainda é preciso observar se essa melhora na arrecadação irá continuar adiante.
China: preços de imóveis ainda em patamar negativo
Em janeiro, os preços dos imóveis na China seguiram em território negativo. Segundo o escritório de estatísticas do país, contudo, o recuo foi menos intenso do que o verificado no final do ano passado, tanto para novas moradias quanto para as existentes, o que pode ser um primeiro sinal de alguma melhora em 10 meses.
Já o índice de difusão melhorou ligeiramente na margem, com 11 cidades apresentando aumento de preços no mercado primário (vs. 7 em dezembro) e duas no mercado secundário (vs. nenhuma anteriormente).
Nossa visão: o setor imobiliário chinês continua sendo uma preocupação. Contudo, a queda no preço das moradias pode ter passado pelo seu pior período, mas ainda precisamos acompanhar adiante se as medidas de estímulo tomadas pelo governo para combater a crise vão surtir o efeito desejado.
Agenda Brasil: estimamos queda na margem de 0,1% do PIB no 4T23
O PIB do 4T23 será divulgado na próxima sexta-feira. Estimamos que o indicador tenha recuado 0,1% na margem. Na comparação anual, nossa expectativa é de avanço de 2,0%. Se nossa estimativa for confirmada, o PIB encerrará o ano com avanço de 2,9%, com agropecuária puxando boa parte da alta, seguida pelo setor de serviços e indústria.
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